Governo adia para terça votação de destaques da renegociação da dívida dos Estados

Governo adia para terça votação de destaques da renegociação da dívida dos Estados

Após reunião com líderes, Congresso dá prioridade a MPs que estão prestes a expirar

Agência Brasil

Após reunião com líderes, Congresso dá prioridade a MPs que estão prestes a expirar

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Com receio de não garantir um bom quorum, o governo mudou o foco e deixou a votação dos destaques ao projeto de renegociação da dívida dos estados e do Distrito Federal para esta terça-feira. A informação foi repassada  pelo líder do governo na Câmara dos Deputados, André Moura (PSC-SE), após reunião do colégio e líderes. No lugar dos destaques serão votadas três medidas provisórias (MPs) que estão perto de perder a validade.

Inicialmente, a votação dos destaques ao projeto, que alonga a dívida dos estados por 20 anos, estava prevista para a noite desta segunda-feira. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou a confirmar a votação após almoçar com o presidente interino, Michel Temer, e líderes da base aliada. Segundo Moura, a votação dos destaques ficará para após a sessão do Congresso Nacional para votar destaques a vetos presidenciais e a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2017.

“Nós propusemos pela liderança do governo mudar a votação e foi aceito por todos os líderes para que pudéssemos votar três medidas provisórias que têm prazo de validade muito próximo para expirar”, disse Moura. “Outro acordo é que o presidente Rodrigo Maia vai chamar uma sessão da Câmara para que possamos apreciar os três destaques que ainda restam da renegociação das dívidas dos estados. Amanhã vamos ter um quorum elevado, qualificado para apreciação desses destaques que restam”.

O governo quer impedir a aprovação de mudanças na proposta que já sofreu críticas de representantes dos estados das regiões Norte e Nordeste do país. Uma das mudanças no projeto, defendida pelo PT, é a participação maior dessas regiões na parcela do Fundo de Participação dos Estados, já que consideram que os estados do Sul e Sudeste acabaram mais beneficiados com o prolongamento do prazo para quitar seus débitos com a União.

Segundo Moura, o governo não defende mudanças no projeto, mas está estudando formas de compensar esses estados. “O governo está estudando, está analisando, o governo tem total interesse e boa vontade de ajudar, mas não faz parte do acordo da votação de amanhã. O governo está fazendo estudo e vai fazer uma proposta para estes estados depois”, diz Moura.


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