Governo confirma Sérgio Sá Leitão no Ministério da Cultura

Governo confirma Sérgio Sá Leitão no Ministério da Cultura

No governo Lula, Leitão foi chefe de gabinete do ministro Gilberto Gil

AE

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Sérgio Leitão foi secretário municipal de Cultura do Rio e presidente da Rio-Filme. No primeiro governo Lula, foi chefe de gabinete do então ministro da Cultura Gilberto Gil e secretário de Políticas Culturais da Pasta. Na diretoria da Ancine desde abril deste ano, Leitão é ligado também ao ex-ministro da Cultura Roberto Freire (PPS), que deixou o cargo em 18 de maio, logo após a divulgação da delação da JBS.

A nomeação de Leitão para a Cultura contou com o apoio do cineasta Cacá Diegues, de quem Temer é muito próximo e com quem conversou nas últimas semanas sobre a indicação. Cacá e outros artistas, como a atriz Suzana Pires e o cineasta Vladimir Carvalho, participaram da sessão da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado que aprovou a indicação de Leitão para a Ancine em abril.

Cobiça

O cargo de ministro da Cultura vinha sendo cobiçado por deputados, como Cristiane Brasil (RJ), filha do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB. Em reunião nesta quarta-feira, no Palácio do Planalto, porém, Temer avisou a Jefferson e a Cristiane que não iria nomear a parlamentar fluminense, pois já tinha convidado outra pessoa para o cargo.

"O presidente disse que a Cristiane tem sido uma guerreira, mas que já tinha convidado outra pessoa. Pediu que a gente não ficasse com raiva. Disse que, da minha parte, não havia problema", afirmou Jefferson ao sair do Palácio do Planalto. Delator do escândalo do mensalão do PT, o ex-deputado se reuniu com Temer junto com a filha, a convite do presidente da República.

O deputado André Amaral (PMDB-PB) também queria ser ministro da Cultura. Ele chegou a pedir ao líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), que intercedesse a favor dele. Contudo, o paraibano também enfrentou resistências. Com 26 anos, está em seu primeiro mandato como deputado, assim com Cristiane. Ele só assumiu o cargo efetivamente no parlamento em janeiro, após Manoel Júnior (PMDB) renunciar ao mandato para assumir como vice-prefeito de João Pessoa (PB).

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