Governo do DF mantém empresas citadas por propina

Governo do DF mantém empresas citadas por propina

Governador em exercício alegou que contratos foram prorrogados porque serviços são essenciais

AE

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Quatro meses após a revelação do "mensalão do DEM" no Distrito Federal, empresas citadas no inquérito conduzido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) ainda operam em Brasília. Assinam contratos sem licitação, prorrogam outros até 2011 ou recebem aditivos milionários por serviços prestados ao governo dirigido, interinamente, pelo deputado Wilson Lima (PR).

A suspeita não inibiu a permanência no governo de empresas como Link Net, Politec Tecnologia, Uni Repro, Adler Assessoria, Manchester Serviços e Juiz de Fora Serviços Gerais, entre outras citadas na investigação. Ontem, o Diário Oficial do Distrito Federal publicou, por exemplo, a prorrogação, até 2011, de um contrato entre a Secretaria de Estado de Governo e a Adler Assessoramento e Representações Ltda. Em três anos, a Adler recebeu, pelo menos, R$ 26,5 milhões do governo, dos quais R$ 9 milhões oriundos dessa secretaria.

Procurado pelo Estado, o governador em exercício alegou, por meio de sua assessoria, que os contratos "foram prorrogados pelos titulares das respectivas secretarias, porque os mesmos prestam serviços considerados essenciais".

Wilson Lima também é candidato nas eleições indiretas que vão escolher dia 17 de abril o sucessor de José Roberto Arruda, preso na Polícia Federal e cassado por infidelidade partidária. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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