Governo do RS e Comando Militar do Sul vão investigar propagação de "fake news"

Governo do RS e Comando Militar do Sul vão investigar propagação de "fake news"

Estaria circulando nas redes sociais o anúncio de uma nova paralisação

Correio do Povo

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* Com informações das repórteres Mauren Xavier e Jessica Hübler

Críticas a boatos e fake news Integrantes do governo do Estado e do Comando Militar do Sul afirmaram que não estimularão a propagação de “boatos” e fake news” e que investigam as suas origens. A manifestação deve-se a circulação de informações em redes sociais afirmando que deveria haver nova paralisação nos próximos dias.



Segundo o comandante do Comando Militar do Sul (CMS), general do exército Geraldo Antonio Miotto, a inteligência segue atuando para investigar a origem dessas informações. Para o governador José Ivo Satori, boatos não ajudam, ao contrário, só estimulam a desordem.

“Não vou ajudar a divulgar isso. Essa forma absurda de fazer boatos e de criar ambientes desfavoráveis não ajuda a ninguém que deseja a normalidade”, afirmou. Nesta mesma linha, o secretário estadual de Segurança Pública, Cezar Schirmer, considerou uma irresponsabilidade o compartilhamento de tais informações.

“É uma atitude leviana porque se as pessoas acreditarem nisso, vão todas ao supermercado e nos postos de combustível no final de semana. E o abastecimento ainda não está perfeitamente normalizado. Então isso vai causar mais problemas”, afirmou. Ele alertou que esses boatos não têm procedência. “É uma mentira”, assegurou.

Paralisação pelas redes socias

Nem bem terminou a paralisação nacional dos caminhoneiros, que durou dez dias, e a categoria já está sendo convocada, novamente, para mais uma mobilização. Desta vez o porta-voz do movimento é um caminhoneiro autônomo do Centro-Oeste do País, Wallace Landim, conhecido como “Chorão”.

Ele participou dos atos desde o início e, conforme frisou em vídeos divulgados nas redes sociais, outras questões entrarão em pauta desta vez, como a redução no preço da gasolina. "Trabalhador que usa gasolina, nós estamos brigando por você", disse em um dos vídeos, divulgados na página "Chorão wallace landim", no Facebook.

Landim está convocando todo o segmento do transporte, incluindo taxistas, motoristas de aplicativos, motoristas de vans escolares, além dos próprios caminhoneiros. “Chamo você para estar lá em Brasília, estamos firmes. Segunda-feira vamos fazer um elo bonito. Juntos seremos mais fortes”, são algumas das frases ditas por ele. Os vídeos têm mais de 80 mil visualizações e seis mil compartilhamentos.

A intenção do organizador, conforme consta em um vídeo divulgado no final da manhã de ontem, é concentrar todos os manifestantes domingo, no estádio Mané Garrincha, em Brasília e de lá seguir em direção ao Palácio do Planalto. Landim explica que uma comissão deve ser formada, com um representante de cada estado “e descer para ter uma conversa com o presidente Michel Temer”. “Segunda-feira, se não houver uma conversa com o governo, toda a categoria vai decidir o que fazer. Se todos resolverem que de segunda para terça-feira a gente paralisa, então vamos paralisar de novo. Estou junto com vocês e não abro”, ressaltou.

As entidades representativas dizem não saber da nova paralisação. A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que auxiliou na articulação da paralisação das últimas semanas, informou que não está liderando ou apoiando uma nova greve. O presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Estado do Rio Grande do Sul (Fecam-RS), André Luis Costa, disse que não recebeu nenhuma notícia oficial sobre uma nova paralisação. "Não estou sabendo", garantiu.

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