Governo do RS vai mexer na estrutura geral de cargos do Executivo

Governo do RS vai mexer na estrutura geral de cargos do Executivo

Equipes da transição trabalham em texto que chegará à Assembleia até a metade do mês

Flavia Bemfica

Leite encerrou nesta quarta-feira os seminários da transição

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Irá muito além de uma reestruturação no número ou nas atribuições de secretarias o projeto que o governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), por solicitação do governo eleito, encaminhará à Assembleia Legislativa dentro das próximas duas semanas. O texto, que está sendo finalizado pelas equipes técnicas da transição, vai avançar sobre a estrutura de cargos do governo. Ele deve estar concluído entre o final da semana que vem e o início da próxima e, internamente, é tratado como uma mudança "ousada".

Nesta quarta-feira, no encerramento dos seminários da transição, realizado no Instituto Caldeira, o governador eleito, Eduardo Leite (PSDB), confirmou que o projeto visa promover mudanças na estrutura geral dos cargos da administração estadual. "A estrutura vigente é muito antiga, ela acaba dificultando a gestão. Pretendemos modernizar e dar conformidade às necessidades do governo, equalizando e aumentando a transparência", elencou Leite.

O tucano disse que algumas secretarias possuem determinados tipos de gratificações inexistentes em outras, o que pode dificultar, por exemplo, o processo de levar cargos para pastas prioritárias, como a Educação. "Vamos mapear quanto afinal recebe cada profissional no cargo de diretor ou assessor. Hoje ele pode ter uma gratificação, uma combinação com outro cargo, ou algum outro mecanismo, conforme a secretaria em que está. Isso faz com que não consigamos dizer com clareza qual a remuneração dos cargos. Vamos equalizar e atualizar a estrutura geral."

Entre os pontos que estão em análise, no caso de cargos de nível estratégico, está a possibilidade de que, para sua ocupação, passe a ser exigido determinado nível de qualificação. Os estudos sobre uma reforma na estrutura de cargos do Executivo não são novidade dentro da administração tucana. Eles estão sobre a mesa desde 2019, quando Leite conseguiu aprovar no Legislativo uma série demudanças nas carreiras do funcionalismo, e que afetaram pontos como incorporações de vantagens temporárias e adicionais por tempo de serviço.


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