Governo espera que Congresso mantenha vetos presidenciais

Governo espera que Congresso mantenha vetos presidenciais

Ministro do Planejamento pregou responsabilidade financeira na análise no Senado

Agência Brasil

Governo espera que Congresso mantenha vetos presidenciais

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O governo espera que o Congresso Nacional mantenha os vetos da presidente Dilma Rousseff a medidas que implicam em aumento de gastos, afirmou nesta terça-feira, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), convocou para quarta-feira a sessão para concluir a análise dos vetos presidenciais.

Na terça-feira, a sessão do Congresso para apreciar 32 vetos do Executivo foi encerrada de madrugada por falta de quórum, após a manutenção de 26 vetos, entre eles o que trata do fim do fator previdenciário. Portanto, os parlamentares ainda terão de apreciar outros seis, entre eles o veto ao projeto de lei que prevê reajustes entre 53% e 78,56% para servidores do Judiciário.

Barbosa reafirmou que a manutenção de parte dos vetos foi um sinal importante. "Sabemos que agora tem mais seis vetos polêmicos, com opinião contrária de alguns setores. Apresentamos todos os argumentos e, nesse momento, é muito importante que a gente aprove medidas na direção certa. É importante manter os vetos e, depois, aprovar as medidas necessárias para o reequilíbrio fiscal", afirmou, referindo-se ao pacote do governo de corte de gastos e aumento na arrecadação para garantir superávit primário (economia para pagar juros da dívida) em 2016.

O ministro do Planejamento informou ainda que o governo "conta" com a aprovação da volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Contamos com a aprovação. É uma medida que, com certeza, tem dificuldade legislativa, mas estamos em uma situação que exige", acrescentou.

Mais cedo, na Comissão Mista de Orçamento (CMO), Barbosa havia dito a parlamentares que o retorno da Contribuição sobre Intervenção de Domínio Econômico (Cide), imposto cobrado sobre combustíveis, não seria a melhor opção, porque traria alta da inflação. Nelson Barbosa disse acreditar que as medidas do governo em relação à economia "estão na direção certa, mas demoram a dar resultado". Segundo ele, a queda na arrecadação tributária está tornando o reequilíbrio fiscal mais demorado.

"Devido à queda na atividade econômica, mesmo com redução da despesa do governo, a queda na receita em termos reais tem sido maior. Isso está tornando o reequilíbrio fiscal um pouco mais lento do que achávamos". Barbosa conversou com os jornalistas após responder perguntas de deputados e senadores na CMO.

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