Governo federal trará Pizzolato em 20 dias para o Brasil
Ex-diretor do BB, condenado no Mensalão, teve o pedido de extradição autorizado pelo governo italiano
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De acordo com o governo a execução da extradição aguardava a aprovação do Poder Executivo italiano, após autorização judicial publicada no dia 11 de fevereiro. “No dia 13 de abril, o Estado brasileiro prestou informações complementares relativas às condições de cumprimento de pena do extraditando no território brasileiro, na ação penal proposta pelo procurador-geral da República”, informa a nota.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, destacou a colaboração das autoridades italianas e a atuação conjunta das autoridades públicas brasileiras. “O processamento da extradição e a resposta aos pedidos de informação feitos pela República italiana foram conduzidos de forma articulada entre o Poder Judiciário, a Procuradoria-Geral da República e o Poder Executivo, por intermédio do Ministério da Justiça, Advocacia-Geral da União e o Ministério das Relações Exteriores, o que garantiu o sucesso da cooperação internacional neste caso.”
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, destacou que a atuação dos ministérios públicos brasileiro e italiano e do Poder Executivo foi decisiva para esse desfecho. “A PGR reconhece o empenho das autoridades italianas para a concessão da extradição, o que confirma o fortalecimento da cooperação bilateral em matéria penal em todos os planos”, disse Janot, no comunicado.
Pizzolato, que tem cidadania italiana, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 12 anos e sete meses de prisão, no Brasil, por lavagem de dinheiro e peculato na Ação Penal 470, o processo do mensalão, mas fugiu para a Itália com um passaporte falso. Ele foi detido em fevereiro de 2014, em Maranello, por causa da documentação irregular.
Henrique Pizzolato deverá ficar preso no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, ou em outro presídio localizado em Santa Catarina, estado de origem dele, se a defesa assim optar.