Governo pede mais R$ 200 milhões no Orçamento para conceder reajuste a servidores

Governo pede mais R$ 200 milhões no Orçamento para conceder reajuste a servidores

Proposta enviada ao Congresso amplia valor que tinha sido reservado para recomposição salarial de funcionários do Executivo

R7

Palácio do Planalto, sede do governo federal, em Brasília, no Distrito Federal

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O governo federal apresentou um projeto de lei ao Congresso Nacional nesta sexta-feira (31) para ampliar em cerca de R$ 200 milhões o valor que estava previsto no Orçamento deste ano para a concessão de reajuste salarial aos servidores do Executivo.

A lei orçamentária de 2023 tinha reservado R$ 11,4 bilhões para que o governo aumentasse os salários dos funcionários. No entanto, o Executivo vai precisar de mais R$ 176,3 milhões para arcar com a recomposição firmada com os servidores, que foi de 9%.

Segundo a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o valor autorizado inicialmente é "insuficiente". Dessa forma, o projeto de lei entregue nesta sexta pede que o orçamento destinado à alteração salarial dos funcionários suba para R$ 11,6 bilhões.

"A referida alteração visa contemplar demanda apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e possui o condão de proporcionar a autorização na LOA [Lei Orçamentária Anual], para a concessão de reajuste aos servidores públicos federais conforme pactuação realizada junto às entidades representativas das servidoras e servidores públicos federais", explicou a ministra.

Apesar do pedido de acréscimo aos valores para bancar o reajuste, o governo diz que a medida "não resultará em um impacto orçamentário adicional". Segundo o Executivo, "há sobra de dotação orçamentária destinada à despesa".

Salário e auxílio-alimentação

O acordo de reajuste de 9% foi homologado pelo governo federal na última sexta-feira (24). Ficou estabelecido que a recomposição será linear, ou seja, aplicada a todas as categorias. De acordo com o Palácio do Planalto, o aumento entra em vigor em maio.

Além da alta nos salários, os funcionários do Executivo terão o auxílio-alimentação ampliado em R$ 200, passando dos atuais R$ 458 para R$ 658. Para pagar o novo valor, o governo remanejou R$ 750,2 milhões em recursos que estavam destinados a despesas de pessoal para despesas de benefícios ao servidor.

A alteração foi realizada no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, divulgado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento em 22 de março. Nesta sexta, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, publicou uma portaria no Diário Oficial da União confirmando a elevação do auxílio-alimentação. 


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