Granpal defende retirada de urgência da regionalização do saneamento na Assembleia

Granpal defende retirada de urgência da regionalização do saneamento na Assembleia

Propostas que criam as unidades regionais estão em tramitação no Legislativo

Mauren Xavier

Em reunião, Granpal decidiu pedir mais prazo para debate da regionalização

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A Assembleia Legislativa deverá votar até o final do mês um dos projetos do governo do Estado que trata da regionalização do saneamento, em função do pedido de urgência. Porém, a proposta tem recebido críticas. Nesta quinta-feira, os prefeitos que compõem a Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) decidiram, de maneira unânime, pedir a retirada do pedido de urgência e garantir mais tempo de discussão. 

No encontro realizado em Cachoeirinha, ficou acertada uma forte mobilização política junto ao governador Eduardo Leite e ao presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza, bem como líderes de bancada. "Além de um documento robusto, precisamos de uma forte mobilização política. A matéria foi votada há mais de um ano no Congresso Nacional e o governo do Estado apresentou o projeto só agora", alertou o presidente da Granpal e prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB). 

Segundo o prefeito de Esteio e presidente do Consórcio Público de Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, Leonardo Pascoal (PP), o Estado perdeu muito tempo desde a implantação do novo marco do saneamento — e o projeto apresentado não traz soluções viáveis. "É preciso aprofundar a discussão, especialmente no que diz respeito à divisão das bacias. Como está, não leva em conta a viabilidade de cada região. Não resolve o problema do Rio Grande do Sul, já que trata apenas de água e esgoto — e saneamento inclui resíduo e drenagem", argumentou. 

O prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi (PT), observou que o município que não aprovar o tema na Câmara Municipal terá problemas com o Tribunal de Contas do Estado. "Não podemos nos reger por calendário político e, sim, pelo calendário social. Haverá perda de autonomia das cidades", frisou o prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PSD). Já a prefeita de Novo Hamburgo, Fátima Daudt (PSDB), disse que o município permanecerá como está. "É estranho ter que regionalizar para se ter acesso a recursos públicos", argumentou. 

 


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