Haddad defende controle de gastos e meta de déficit zero para 2024

Haddad defende controle de gastos e meta de déficit zero para 2024

Ministro da Fazenda divergiu das falas da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na conferência eleitoral do partido

AE

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A meta de déficit zero para 2024 voltou a provocar neste sábado divergências no PT. Na conferência eleitoral do partido, o ministro da Fazenda Fernando Haddad defendeu o controle de gastos diante dos ataques da presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, e do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

Haddad e Gleisi discordaram sobre a relação entre o resultado primário e o crescimento da economia. Haddad disse não haver correspondência entre déficit e avanço do PIB. Gleisi criticou a meta zero e defendeu a flexibilização. O partido está de olho nas eleições de 2024 e teme os efeitos do ajuste fiscal.

Haddad citou o exemplo das gestões anteriores de Lula, em que houve superávit primário de 2% e a economia cresceu, em média, 4%. "Não é verdade que déficit faz crescer. De dez anos para cá, a gente fez R$ 1,7 trilhão de déficit e a economia não cresceu. Não existe essa correspondência."

Gleisi afirmara, mais cedo, que o déficit de 2023 se aproximava de 2%. Mais tarde, Guimarães discursou e fez coro com Gleisi, deixando clara a razão: "Se tiver que fazer déficit, vamos fazer, ou a gente não ganha a eleição".


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