Impeachment divide líderes do PSDB

Impeachment divide líderes do PSDB

Serra e FHC concordam que afastamento de Dilma não é programa de governo

Correio do Povo

Para Aécio, caso se comprove a participação da presidente nas chamadas ``pedaladas fiscais´´, partido vai protocolar pedido de impeachment

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O senador e ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) afirmou, em palestra na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, no último sábado, que “impeachment não é programa de governo de ninguém”. Um dia depois, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso emitiu opinião semelhante. As declarações revelam uma divisão no PSDB sobre o assunto. Na semana passada, o presidente do partido, o senador Aécio Neves, afirmou que a sigla pedirá o afastamento da presidente Dilma Rousseff do cargo.

Para Aécio, caso se comprove a participação da presidente nas chamadas “pedaladas fiscais”, artifícios do Tesouro, que usou dinheiro de bancos públicos para reduzir de forma artificial o déficit do governo em 2013 e 2014, o partido vai protocolar pedido de impeachment. Nesta semana, em artigo na revista Época, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) defendeu o impeachment. Na mesma edição da revista, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), manifestou opinião contrária e disse não haver base jurídica para o impeachment de Dilma.

Segundo Serra, o clima de impeachment surge na insatisfação da população. “A crise é responsabilidade do governo, não é ação da oposição, nem do Ministério Público nem do Congresso”. Para ele, a oposição tem que fazer críticas e propostas. “Não dá para fazer de conta que o Brasil está sem problemas".

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