Impeachment foi processo "traumático e doloroso", afima Lewandowski
Ministro do STF deu aula magna em curso de direito da Uniritter em Porto Alegre
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Ao palestrar sobre o tema "O Conceito da República", o ministro lembrou que presidiu o processo "mais instigante mas traumático, ao mesmo tempo, pelas consequências de se retirar um presidente da República do cargo". E destacou que, nos Estados Unidos, o presidente (Richard) Nixon renunciou antes do processo de impeachment, assim como o ex-presidente Fernando Collor. "Neste caso (Dilma) levou-se pela primeira vez na história do Brasil avante este processo complexo, traumático e, de certa forma, doloroso, mas no lindes da constituição".
Ao classificar o STF como "poder moderador", Lewandowski criticou o Legislativo. "O Judiciário tem protagonismo excessivo talvez em função da debilidade dos demais Poderes, especialmente do poder Legislativo no Brasil, que hoje abriga no seu bojo 25 partidos políticos, onde é difícil chegar a consensos. Há sempre um terceiro por resolver as disputas. O STF, com oitos votos, em matéria constitucional, resolve qualquer questão que dificilmente pode ser resolvida num colegiado maior", compara.