Imprensa internacional repercute aprovação da reforma tributária no Brasil

Imprensa internacional repercute aprovação da reforma tributária no Brasil

Veículos da imprensa internacional classificam o projeto como uma “mudança drástica” e “amplamente aguardada”

Estadão Conteúdo

Texto da reforma prevê a criação de impostos sobre bens e serviços

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Veículos da imprensa internacional repercutem neste sábado, 16, a aprovação da reforma tributária no Brasil, classificando o projeto como uma “mudança drástica” e "amplamente aguardada”. Aprovado ontem em duas votações, o texto da reforma prevê a criação de impostos sobre bens e serviços, além de um imposto seletivo que visa desestimular uso de produtos que fazem mal à saúde e ao meio ambiente.

Ao noticiar a aprovação, a Reuters destaca o foco da proposta na tributação sobre consumidores e na simplificação do 'notoriamente complexo' sistema tributário do Brasil, em um processo de implementação gradual ao longo das próximas décadas e cuja efetividade dependerá de legislações subsequentes. 'A tão esperada reforma, repetidamente tentada por administrações anteriores, é um pilar central dos planos [do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)] para aumentar a produtividade e o crescimento potencial da maior economia da América Latina', escreve a Reuters.

A Bloomberg nota que a decisão em dezembro garantiu a meta do presidente Lula de aprovar a reforma antes do fim deste ano. Classificando a proposta como 'uma mudança drástica', ela observa que o plano pretende simplificar 'o sistema tributário mais complexo do mundo ao reduzir número de taxas e eliminar distorções'. Investidores e analistas entrevistados pela Bloomberg esperam que um novo sistema mais eficiente impulsione a economia brasileira, o que já foi refletido pelo rali dos mercados após a aprovação inicial do projeto em julho.

Já o Financial Times (FT) vê a aprovação como um esforço também de gestões anteriores do governo brasileiro, entretanto, também aponta os benefícios de eliminar a 'barreira' criada pelo 'sistema tributário bizantino' do Brasil. O jornal lembra que corporações multinacionais reclamam há tempos que 'labirinto de regras tributárias' brasileiro é 'custoso para cumprir, cheio de incertezas legais e um impedimento para investir'.

Entrevistado pelo FT, o secretário para Políticas Econômicas do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse que 'esta reforma terá um sistema tributário moderno' e que é 'um grande passo para o Brasil' atrair mais investimentos, por meio de um sistema mais competitivo.


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