Indústria gráfica do RS projeta queda de até 30% nos lucros em relação à campanha de 2010

Indústria gráfica do RS projeta queda de até 30% nos lucros em relação à campanha de 2010

Para dirigente, julgamentos como o do mensalão fizeram empresariado se distanciar dos candidatos

Voltaire Porto/Rádio Guaíba

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Liberada pela Justiça Eleitoral há praticamente um mês, a propaganda de rua dos candidatos ainda é tímida em Porto Alegre. Os reflexos já podem ser sentidos pelo Sindicato das Indústrias Gráficas do Rio Grande do Sul, que projeta uma queda entre 15% a 30% na comercialização de materiais publicitários, no comparativo com o pleito de 2010.

O presidente da entidade, Angelo Garbaski, negou que a Copa do Mundo tenha provocado o desaquecimento sentido na campanha política. “O que estamos vendo é um distanciamento do empresariado em relação aos candidatos, e a iniciativa privada sempre financiou as campanhas no nosso País. É um claro resultado de julgamentos como o do mensalão, onde empresários não querem riscos de exposições publicas negativas e nem vínculos políticos”, declarou.

O setor não atribuiu a queda nem mesmo à legislação mais rígida, que proibiu o uso de postes para fixação de propaganda. “A Lei não proíbe a confecção de cartazes, placas, cavaletes e adesivos. Nossa esperança é de uma melhora, nem que seja em setembro”, avaliou Garbaski.

De acordo com a especialista em marketing Simone Simon, a verba não está migrando nem mesmo para o mercado digital. “O universo da Internet e das redes sociais pode proporcionar uma capilaridade maior para os concorrentes. Mas muitos recursos deste meio são de graça e, por isso, não há desfalques da Internet sobre a indústria gráfica”, ponderou.

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