Infestação de cupins força reforma de R$ 1 milhão no plenário da Câmara de Porto Alegre

Infestação de cupins força reforma de R$ 1 milhão no plenário da Câmara de Porto Alegre

O carpete, as cadeiras da galerias e as entradas do prédio também passarão por modificações

Voltaire Porto / Rádio Guaíba

Plenário Otávio Rocha, da Câmara de Vereadores, passa por reforma

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Desde o começo da semana, é intenso o trabalho na Câmara Municipal de Porto Alegre, mas não por parte dos vereadores, que entraram em recesso. As atividades envolvem operários contratados para uma obra de reforma do Plenário Otávio Rocha. O valor orçado pela empresa que venceu a licitação é de R$ 1 milhão. O principal objetivo é a substituição do piso do Plenário, que tem uma infestação de cupins.

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O diretor administrativo da Casa, Roberto Pereira, confirmou o problema nas estruturas de madeira do Plenário. “O piso era acarpetado e toda estrutura de baixo era de madeira, que já estava cedendo. Fizemos vários consertos, mas se chegou a uma situação insustentável. Existe uma grande quantidade de pessoas que circula no local e como os cupins tomaram conta, o risco era iminente”, justificou.

Diante da infestação, a promessa é de substituição definitiva das madeiras e das escadas, que serão feitas de concreto. O novo piso elevado vai ser feito de polipropileno, material reciclável produzido a partir do aproveitamento de garrafas PET. A garantia do uso desse tipo de produto é de maior durabilidade e facilidade de manutenção. Instalações elétricas, telefônicas e de sonorização também serão modificadas em meio à reforma.

Estão previstas, ainda, a troca do carpete e das cadeiras das galerias, a reestruturação da entrada, com novas rampas que permitem acessibilidade, e a instalação de balizadores, além da substituição das luminárias atuais pelas de LED, consideradas mais econômicas.

Com a mesma quantia gasta na obra, é possível comprar pelo menos 10 apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida, já que cada unidade é avaliada em R$ 96 mil. O custo também se aproxima da quantia estimada para construir uma escola, que é de R$ 1,2 milhão ou, ainda, dois postos de saúde, já que a média de cada um é de R$ 600 mil, conforme dados da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).

As obras devem ser concluídas em até dois meses. A última reforma do tipo na Casa aconteceu há 10 anos. Enquanto os trabalhos persistirem, as sessões com os vereadores vão ocorrer no Plenário Ana Terra. O espaço, que já foi adaptado para receber de forma improvisada os vereadores, também deve passar por reforma, até o fim do ano.

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