Instalação de CPMI não muda estratégia de atuação, diz coordenador do MST
Trabalhadores rurais não pretendem mudar estratégia de atuação
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Em entrevista à Agência Brasil, ele disse que o movimento quer que a CPMI inicie os trabalhos o “quanto antes” para que o assunto possa ser resolvido e retirado de pauta. “O quanto antes ela [a CPMI] se resolver, é muito melhor para nós do que ficar essa pauta permanente na imprensa”, ressaltou. Rodrigues reafirmou que o movimento não tem medo “do que possa ser encontrado pela CPI”.
O líder do MST também criticou a atuação do governo federal em relação à reforma agrária. “O governo Lula teve assuntos que avançaram com muita contundência, assuntos importantes. Mas teve assuntos que foram um desastre e a reforma agrária é um desses que não avançou em nada”. Segundo Rodrigues, a falta de sucesso no processo de redistribuição de terras ocorre por uma “decisão política e um compromisso do governo com setores do agronegócio e até mesmo com o latifúndio improdutivo”.
Por isso, o movimento pretende se organizar no próximo ano para cobrar promessas que teriam sido feitas pelo governo. “No último ano do governo Lula, queremos cobrar os compromissos e as promessas feitas para melhorar as condições de vida nos assentamentos”, destacou.