Integrantes do MST bloqueiam trechos da BR 293, no Rio Grande do Sul

Integrantes do MST bloqueiam trechos da BR 293, no Rio Grande do Sul

Manifestação ocorre contra mandado de prisão de Lula

Correio do Povo

Manifestação ocorre contra mandado de prisão de Lula

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Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) bloquearam a BR 293, no Rio Grande do Sul em dois trechos em protesto ao mandado de prisão expedido contra o ex-presidente Lula. Em Piratini, no Sul do Estado, cerca de 200 integrantes, segundo o MST, trancam a via. Em outro ponto, no Trevo da Vila Operária, em Candiota, na região da Campanha do Estado, manifestantes também impedem a passagem de veículos. Os manifestantes queimaram pneus para fechar a estrada.

A Polícia Rodoviária Federal também registrou bloqueio em Piratini, na BR 293. A interdição foi total, km 75 no caminho para Cerrito. Muitos pneus e material inflamável foram usados nas barricadas. Em Erechim, a ERS 153 também foi trancada por uma barreira de protesto.

Desde as primeiras horas desta sexta-feira, diversos pontos de rodovias já foram bloqueados em todo o território nacional, seja nas capitais ou nos rincões mais distantes das zonas rurais do país. 

“Estamos em resistência contra a prisão do presidente Lula. A deliberação política das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo é essa. Não vamos deixar Lula se entregar, seja na cidade de São Paulo ou em Curitiba”, adverte João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST. 


O processo

Lula foi condenado no processo do triplex por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na primeira instância, Moro condenou o petista a 9 anos e 6 meses de prisão em regime fechado. Na segunda instância, após análise do recurso da defesa, os desembargadores do TRF4, em janeiro deste ano, mantiveram a condenação e aumentaram a pena para 12 anos e 1 mês e orientaram que a prisão fosse cumprida após exauridos os recursos cabíveis. Em março deste ano o TRF4 negou os embargos de declaração da defesa do ex-presidente.

Na madrugada da última quinta-feira o STF, por 6 votos a 5, negou habeas corpus preventivo. No final do dia Moro determinou a prisão. Durante a sexta-feira os advogados do petista ingressaram com um pedido de habeas corpus no STJ, que também foi negado. A prisão de Lula foi decretada com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), fixado em 2016, que autorizou a execução provisória da pena de condenados pela segunda instância da Justiça.

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