Integrantes do MST bloqueiam trechos da BR 293, no Rio Grande do Sul
Manifestação ocorre contra mandado de prisão de Lula
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A Polícia Rodoviária Federal também registrou bloqueio em Piratini, na BR 293. A interdição foi total, km 75 no caminho para Cerrito. Muitos pneus e material inflamável foram usados nas barricadas. Em Erechim, a ERS 153 também foi trancada por uma barreira de protesto.
Desde as primeiras horas desta sexta-feira, diversos pontos de rodovias já foram bloqueados em todo o território nacional, seja nas capitais ou nos rincões mais distantes das zonas rurais do país.
“Estamos em resistência contra a prisão do presidente Lula. A deliberação política das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo é essa. Não vamos deixar Lula se entregar, seja na cidade de São Paulo ou em Curitiba”, adverte João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST.
Manifestações exigem a liberdade para o ex-presidente Lula, no dia de sua possível prisão - https://t.co/pO04iszXMn pic.twitter.com/lbAow72klJ — MST Oficial (@MST_Oficial) 6 de abril de 2018
O processo
Lula foi condenado no processo do triplex por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na primeira instância, Moro condenou o petista a 9 anos e 6 meses de prisão em regime fechado. Na segunda instância, após análise do recurso da defesa, os desembargadores do TRF4, em janeiro deste ano, mantiveram a condenação e aumentaram a pena para 12 anos e 1 mês e orientaram que a prisão fosse cumprida após exauridos os recursos cabíveis. Em março deste ano o TRF4 negou os embargos de declaração da defesa do ex-presidente.
Na madrugada da última quinta-feira o STF, por 6 votos a 5, negou habeas corpus preventivo. No final do dia Moro determinou a prisão. Durante a sexta-feira os advogados do petista ingressaram com um pedido de habeas corpus no STJ, que também foi negado. A prisão de Lula foi decretada com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), fixado em 2016, que autorizou a execução provisória da pena de condenados pela segunda instância da Justiça.