IPE vai propor debate para reduzir isenções para os municípios
Nova direção do instituto quer mudar também cálculo de reajuste
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Com relação às isenções, Parode explicou que favorecem mais de 40% dos segurados. Dos pouco mais de 1 milhão de contribuintes vinculados, 400 mil não pagam os serviços do instituto. “São os dependentes. Todas as relações de dependência. Vamos ter que promover um debate para que haja uma avaliação adequada”, disse.
A respeito do convênio com os municípios, Parode revelou que a ideia é propor uma fórmula diferente de reajuste. O cálculo vai levar em conta o conjunto das cidades e não mais a situação de cada uma delas. Com isso, as unidades menores acabarão pagando menos, explicou.
A negociação de reajuste nos planos do IPE começou em março de 2014. O Instituto enviou ofício a 90 dos 341 municípios conveniados notificando aumento. A renovação de contrato prevê que as alíquotas, hoje de 13% a 15%, subam para um intervalo de 18% a 22%.
IPE sofre há quatro décadas com crise
Parode tomou posse na manhã desta quarta-feira como diretor-presidente. O ex-secretário de Planejamento e Gestão no último ano de governo de Yeda Crusius (PSDB), em 2010, afirmou que o IPE sofre, pelo menos nos últimos 40 anos, com as consequências da crise financeira.
Somente na previdência, estima-se que, em 2015, o déficit supere R$ 10,5 bilhões, onde mais de 263 mil segurados são atendidos. No entanto, o orçamento previsto para o IPE vai ser de apenas R$ 1,8 bilhão. O IPE atende ao menos 1 milhão de pessoas, 306 hospitais, 570 clínicas, 643 laboratórios, 7.634 médicos e 320 municípios.