Irmã diz que Marielle Franco estava tranquila sobre trabalho na comissão

Irmã diz que Marielle Franco estava tranquila sobre trabalho na comissão

Professora não tem dúvidas de que vereadora tenha sido assassinada

AE

Marielle foi morta a tiros dentro de veículo a caminho de casa

publicidade

A irmã de Marielle Franco declarou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo não ter dúvidas de que a vereadora do PSOL foi executada. "Só não sei de onde veio", disse em relação à autoria do crime. Professora de Inglês, Anielle Silva, de 33 anos, mantinha contato quase diário com a irmã de 38.

Ela garante nunca ter ouvido qualquer relato de ameaça à vereadora, mesmo depois de entrar na comissão que acompanha a intervenção federal no Rio de Janeiro. "Nem eu, nem a equipe dela. Ela estava muito tranquila em relação a tudo", comenta. "Ela não tinha medo." Para a professora, o assassinato deve ter sido planejado recentemente. "Acho que foi algo tão rápido que não teve nem tempo de fazer ameaça", afirma. Marielle voltava para sua residência na Tijuca, na zona norte do Rio, quando foi morta a tiros.

Segundo Anielle, a irmã tinha a preocupação em encerrar os eventos cedo, antes das 21 horas, mas não por causa da própria segurança, mas das demais mulheres que participavam dos encontros. As duas irmãs cresceram no Complexo da Maré, também na zona norte, onde ainda tem familiares e na qual foram criadas pela mãe, a advogada Marinete Silva.

São elas, mãe e irmã, que estão cuidando da única filha da vereadora, a estudante de Educação Física Luyara Santos, de 19 anos. Anielle soube da morte da irmã por amigos, que viram as primeiras notícias do assassinato nas redes sociais. "Já estava público (o assassinato). Eu estava colocando a minha filha para dormir", lembra ela. Após a notícia, ela foi até a cena do crime e, na manhã desta quinta-feira, foi ao Instituto Médico Legal (IML) liberar o corpo. Segundo ela, Marielle sempre teve uma grande preocupação com as causas sociais, antes mesmo do mandato. "A gente era muito próxima uma da outra. Falava de tudo", conta.

Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895