Itália acata recurso e suspende extradição de Pizzolato

Itália acata recurso e suspende extradição de Pizzolato

Ex-diretor do Banco do Brasil foi condenado no processo do mensalão

AE

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O Ministério da Justiça italiano suspendeu temporariamente a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato ao Brasil. A medida irá vigorar até que o juiz do Conselho de Estado analise o pedido de recurso apresentado pelos advogados de defesa. Segundo uma fonte da cooperação internacional do ministério da justiça italiano, essa uma é praxe adotada pelo governo para evitar que o extraditado seja levado a seu país antes que o conselho se pronuncie. 

Segundo uma fonte, com a extradição marcada para dia 15, não haveria tempo legal para que o magistrado analisasse o pedido. Depositado em caráter de urgência, o recurso será analisado pelo juiz de turno que pode acolher ou não.

Os advogados de Pizzolato correram contra o tempo porque o governo brasileiro já acenou que o buscaria na segunda, primeiro dia do prazo estipulado para a extradição antes da decisão liminar desta sexta. Segundo Vladimir Aras, secretário de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República (PGR), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot já articulou com o Ministério da Justiça para que a Polícia Federal vá buscar Pizzolato "no primeiro minuto do primeiro dia de prazo".

Na semana passada, o Tribunal Administrativo Regional do Lázio não acolheu o recurso apresentado pela defesa e autorizou sua extradição. Com isso, o governo brasileiro teria 20 dias, a partir da próxima segunda, para providenciar o retorno de Pizzolato, prazo que agora foi suspenso temporariamente.

O ex-diretor do Banco do Brasil foi condenado no processo do mensalão a 12 anos e sete meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Henrique Pizzolato fugiu para a Itália com os documentos falsos do irmão morto em 1978, e acabou sendo preso em Maranello, em fevereiro de 2014.



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