Janot diz que corrupção investigada pela Lava Jato é descomunal

Janot diz que corrupção investigada pela Lava Jato é descomunal

Procurador-geral da República defendeu que MP tenha mais independência de investigação

Agência Brasil

Mandato de Janot termina em 17 de setembro, mas ele pode ser reconduzido pela presidente Dilma Rousseff por mais dois anos

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot,  classificou o esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato como “enorme e descomunal”. A fala foi proferida durante debate entre os candidatos que concorrem à lista tríplice para o cargo.

Segundo Janot, as mudanças internas promovidas por ele na Procuradoria-Geral da República ajudaram no trabalho de investigação da Lava Jato. As mudanças estruturais realizadas nos permitiram enfrentar a questão com profissionalismo e maturidade”, disse. Ele também defendeu que Ministério Público (MP) tenha mais independência de investigação em relação à Polícia Federal. O procurador defende um modelo no qual as atividades de investigação possam ser feitas com “profissionalismo e objetividade”.

Em maio, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o Ministério Público tem legitimidade para investigar por conta própria, desde que os procedimentos sejam autorizados por um juiz e que as garantias individuais sejam respeitadas.

“Nós temos uma atuação preponderante na área federal, na atuação em crimes financeiros e de combate à corrupção, e nós temos que trabalhar para que possamos obter maior independência investigatória no que se refere à colaboração da Polícia Federal”, defendeu.

O mandato de Janot termina em 17 de setembro, mas ele pode ser reconduzido pela presidente Dilma Rousseff por mais dois anos. Os outros dois candidatos à lista tríplice são os procuradores Raquel Dodge e Mauro Bonsaglia.

A eleição interna entre 1,2 mil membros do Ministério Público Federal tem de ser feita para a formação da lista. A apresentação da lista não é obrigatória, mas é feita pela associação dos procuradores desde 2001. A entidade entende que esta é a maneira mais democrática para indicar seu representante.

A presidenta não é obrigada a nomear o candidato mais votado. Porém, o critério é observado desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para tomar posse, o procurador precisa ter o nome aprovado pela Comissão de Constituição de Justiça e pelo plenário do Senado.

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