Jaques Wagner diz que indicação do ministro da Fazenda facilitaria articulação da PEC do estouro

Jaques Wagner diz que indicação do ministro da Fazenda facilitaria articulação da PEC do estouro

Senador é membro do centro de governo da equipe de transição e um dos articulados escalados pelo partido no Congresso


R7

Integrante da equipe de transição, senador Jaques Wagner (PT-BA)

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O senador Jaques Wagner (PT-BA), que integra a equipe de transição, disse, nesta quinta-feira, que a indicação do futuro ministro da Fazenda facilitaria a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do estouro. Questionado se o governo eleito deveria indicar um nome para a articulação do texto no Congresso, o parlamentar afirmou que "falta mais, por enquanto, [quem será] o ministro da Fazenda".

O senador foi escalado pelo PT como um dos possíveis articuladores da proposta, necessária para que o presidente eleito mantenha programas do governo e cumpra promessas feitas durante a campanha eleitoral. "Eu estou ajudando porque é minha experiência, de articulador político, mas não sou eu quem está fazendo sozinho, tem muita gente envolvida. É que querem colocar nas minhas costas tudo", disse Wagner.

O senador defendeu que a indicação de quem vai ocupar o Ministério da Fazenda na terceira gestão de Lula melhoraria a tramitação da PEC. "Acho que facilita, mas não depende de mim. Estou dando opinião, quem decide é o presidente da República. O problema é que não tem nome na mesa, tem nome na cabeça do presidente", completou.

PEC do estouro

A PEC do estouro não foi protocolada nesta quarta-feira, como estava previsto pela equipe de transição, diante da falta de consenso. Neste momento, a discussão gira em torno do valor do gasto fora do teto e por quanto tempo será a validade desse estouro.

O governo eleito negocia com o Congresso Nacional se o Orçamento ficará fora do teto de R$ 175 bilhões ou R$ 198 bilhões e qual será o prazo de validade do texto. O mínimo para a equipe de transição, até o momento, seria o estouro de R$ 175 bilhões, e o prazo, acima de um ano. Parlamentares do Centrão, por exemplo, defendem o período máximo de dois anos.

Wagner, um dos articuladores da proposta, reconheceu, nesta quinta-feira, que o período de excepcionalização não seja o de quatro anos. "O prazo de quatro anos é o nosso desejo, mas nem sempre na democracia você sai com o desejo atendido", disse o senador.


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