Jardel alega doença da vó e não comparece em depoimento na Assembleia Legislativa
Deputado está passando por processo que pode culminar na cassação de seu mandato
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Durante a última semana, o deputado não foi localizado em sua residência para ser intimado para o depoimento que estava marcado para hoje. Jardel também não compareceu à Assembleia no período. Diante da não localização do deputado, a Subcomissão Processante de Ética da Assembleia decidiu por intimá-lo para o depoimento através de edital publicado em jornais de grande circulação, nos próximos dias. A ideia é tentar ouvi-lo no dia 16 de novembro.
“Voltando ele vai trazer as informações completas, uma satisfação. Última vez que falei com ele foi domingo retrasado. Essa semana deve estar voltando. Não sei qual o estado da avó dele. Estava para falecer, ele foi dar uma força pra ela. Vamos ver qual a satisfação dele na volta. Se é isso mesmo que aconteceu”, disse o advogado do deputado, que diz ter recebido os documentos hospitalares de outro parente de Jardel.
O deputado Jeferson Fernandes (PT), integrante da subcomissão processante, avalia que o documento hospitalar da avó de Jardel é uma alegação inconsistente para a sua ausência. “O documento que ele (o advogado) nos apresentou é do dia 14 de outubro de uma senhora que deu alta já, e numa data muito distante dessa audiência em que ele próprio pediu para se defender. É uma prova totalmente inconsistente. É um deboche com o povo gaúcho”, avaliou o deputado Jeferson Fernandes (PT), um dos quatro integrantes da subcomissão processante.
A cassação de mandato de Jardel chegou a ser encaminhada para votação em plenário, em julho, mas o deputado obteve uma liminar na Justiça interrompendo o processo sob alegação de que não foi ouvido em todas as etapas de investigação na Assembleia. Com isso, o pedido de cassação feito pela Corregedoria da Casa retornou ao estágio da subcomissão processante, que tenta ouvir o deputado.
O ex-craque do Grêmio foi alvo da operação Gol Contra, do Ministério Público, deflagrada em novembro do ano passado. A investigação denunciou Jardel como líder de uma organização criminosa criada para se apropriar de diárias, manter funcionários fantasmas e exigir repasse de parte dos salários de assessores.