Jean Wyllys pede que STF impeça Cunha de votar sobre impeachment

Jean Wyllys pede que STF impeça Cunha de votar sobre impeachment

Na semana passada, presidente da Câmara confirmou que abrirá mão da neutralidade para participar da votação

AE

Na semana passada, presidente da Câmara confirmou que abrirá mão da neutralidade para participar da votação

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O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), por meio de seus advogados, protocolou na noite desta sexta-feira, uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vote sobre a admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff no próximo domingo.

O regimento interno da Câmara admite a neutralidade do presidente da Casa Legislativa em votações, salvo em casos de eleição secreta ou de empate em uma votação ostensiva. "Ao anunciar publicamente que irá votar o impedimento da Presidenta Dilma Rousseff, o Presidente da Câmara dos Deputados mostra uma nítida intenção de violação das regras regimentais", argumenta.

Na semana passada, o presidente da Câmara confirmou que abrirá mão da neutralidade para participar da votação de domingo, alegando que Ibsen Pinheiro, então presidente da Casa da época do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, também votou em 1992.

O ministro Celso de Mello foi designado o relator da ação. Na sessão extraordinária do Supremo convocada nessa quinta-feira, para julgar ações sobre o impeachment, o ministro de posicionou contra a interferência da Corte no processo.

A sessão de ontem impôs uma derrota importante para o governo ao negar liminares em diversas ações e manter decisões de Cunha sobre a ordem de votação em plenário e sobre a viabilidade do relatório da comissão especial do impeachment favorável à admissibilidade da denúncia contra a presidente.

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