João Goulart Filho apoiará Haddad no segundo turno
Candidato do PPL ponderou diferenças com PT, mas explicou opção alertando para “risco de nova ditadura” no Brasil
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O apoio ao candidato petista foi divulgado pela assessoria de imprensa de Goulart Filho, mas o partido ainda não divulgou um posicionamento oficial. Ele lembrou que cresceu no exílio durante a ditadura militar e que, por esse motivo, tem a obrigação de repudiar regimes ditatoriais.
“Sabemos como as ditaduras começam, nunca sabemos quando terminam. Estamos prontos para caminhar juntos. Por isso, apesar de nossas diferenças, eu voto em Haddad para derrotar Bolsonaro”, escreveu o candidato. Ele propõe o voto em Haddad afirmando se posicionar “contra a ditatura, a opressão e o ódio às minorias”.
História
Presidente do Brasil entre 1961 e 1964, João Goulart foi deposto por tropas militares no dia 31 de março de 1964. Os comandantes das Forças Armadas assumiram o poder em seguida, com a cassação de congressistas e a eleição indireta do Marechal Castelo Branco. No último domingo, filho de Jango ficou teve pouco mais de 30 mil votos, ficando com 0,03% dos votos válidos.
“O meu partido difere em muitos pontos do programa do PT, que disputará com o filhote da ditadura o segundo turno, mas nossas diferenças jamais serão maiores que o risco de uma nova ditadura, nem maiores que a liberdade de nosso povo”, afirmou Goulart Filho.
Democracia cristã fica neutra
Partido do candidato Eymael, o Democracia Cristã (DC) decidiu liberar os filiados para votar em qualquer um dos dois candidatos que foram para o segundo turno: Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando Haddad (PT). Segundo deliberação da comissão executiva do Diretório Nacional, os integrantes e eleitores poderão "votar conforme seu entendimento, tendo como objetivo o fortalecimento da democracia no Brasil".