Joaquim Levy aceita convite para presidir o BNDES

Joaquim Levy aceita convite para presidir o BNDES

Economista deixa a diretoria financeira do Banco Mundial para integrar equipe econômica de Bolsonaro

AE e Agência Brasil

Levy, que foi ministro da Fazenda no governo Dilma, vai assumir presidência do BNDES no governo Bolsonaro

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A assessoria de imprensa do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, informou nesta segunda-feira que o economista Joaquim Levy aceitou o convite e será indicado para presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Com extensa experiência em gestão pública, PhD em economia pela Universidade de Chicago, Joaquim Levy deixa a diretoria financeira do Banco Mundial para integrar a equipe econômica do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro", diz a nota.

O ex-ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff já estaria esvaziando suas gavetas na sede do Banco Mundial para se mudar para o Rio e substituir Dyogo Oliveira no comando do banco de fomento.

Com experiência na administração pública, Levy foi ministro da Fazenda de janeiro a dezembro de 2015, no segundo mandato de Dilma Rousseff, com a promessa de realizar um ajuste fiscal para conter os gastos públicos. Na semana passada, o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que pretende "abrir a caixa-preta" do BNDES em referência a empréstimos suspeitos negociados em gestões anteriores. Segundo ele, a sociedade tem direito de saber como é utilizado o dinheiro público.

Histórico

Engenheiro naval de formação, Levy possui doutorado em economia da Universidade de Chicago (EUA), a mesma de Paulo Guedes. Ele também foi secretário do Tesouro Nacional entre 2003 e 2006, durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. De 2010 e 2014, Levy foi diretor do banco Bradesco.

Para assumir a presidência do BNDES, Levy deixará a diretoria financeira do Banco Mundial, cargo que ocupa atualmente. O atual presidente do Banco Central, Ilan Goldjfan, também foi convidado para continuar no próximo governo, mas ainda não se pronunciou.

Paralelamente, Guedes trabalha para ver aprovado o mais rápido o possível o projeto que garante a independência do Banco Central. Há, ainda, expectativas sobre os novos comandos para a Petrobras e o Tesouro Nacional.

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