Juiz condena Nestor Cérvero a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro

Juiz condena Nestor Cérvero a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro

Ex-diretor da área internacional da Petrobras é alvo de investigação na Operação Lava Jato

Correio do Povo

Nestor Cérvero foi condenado a cinco anos de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro

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O juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, condenou nesta terça-feira o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cérvero, a cinco anos de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro. De acordo com a sentença, Cérvero ocultou e dissimulou sobre titularidade, origem e natureza dos recursos criminosos empregados, do imóvel em Ipanema, no Rio de Janeiro, avaliado em R$ 7,5 milhões. Além da reclusão, Cérvero foi condenado a pagar multa de 150 dias multa, cada uma no valor de cinco salários mínimos vigentes em 04/2014.

Com base no art. 91 do Código Penal, também foi decretado o confisco do imóvel. Após a alienação, o produto da venda será revertido à vítima dos crimes antecedentes, a Petrobras.

De acordo com a acusação do MP, parte da propina recebida por Cerveró foi enviada ao exterior, por meio de empresas sediadas no Uruguai, na Inglaterra, Espanha e Suíça.  A denúncia cita como prova do crime a compra do  apartamento, em Ipanema, no Rio de Janeiro.

Saiba mais sobre a Operação Lava Jato

Nestor Cerveró afirmou à Justiça Federal que morou dois anos sem pagar aluguel do imóvel. O duplex de luxo está registrado em nome da Jolmey do Brasil Administradora de Bens Ltda, uma filial da uruguaia Jolmey S/A, aberta pelo advogado Oscar Enrique Algorta Rachetti, no Uruguai. Para a força-tarefa da Operação Lava Jato, Cerveró é o verdadeiro dono do imóvel. "O senhor não acha estranho o senhor morar dois anos de graça em um apartamento?", questionou o Sérgio Moro. "Mas eu não acho", respondeu. "Foi uma compensação."

Cerveró está preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 14 de janeiro, por tentar ocultar seu patrimônio, segundo investigadores da Lava Jato. Funcionário de carreira da Petrobras desde 1975, ele assumiu a Diretoria Internacional da estatal em 2003 e deixou o cargo em março de 2008, quando foi realocado para a BR Distribuidora. Deixou a subsidiária da companhia petrolífera em março de 2014 após a polêmica sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.

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