Juiz mandou interceptar oito linhas telefônica de Temer

Juiz mandou interceptar oito linhas telefônica de Temer

Escutas da PF foram usadas para "viabilizar fase ostensiva" da operação

Correio do Povo

Operação da PF prendeu nove dos dez alvos de mandados

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Um dia antes da prisão do ex-presidente Michel Temer, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, autorizou que o emedebista tivesse oito linhas telefônicas grampeadas. A interceptação dos celulares de Temer, segundo o magistrado, seria uma “forma de viabilizar a deflagração da fase ostensiva" da operação. “Reitero os fundamentos da decisão anterior, na qual decretei a prisão preventiva dos investigados e determino a interceptação telefônica nos terminais indicados pelo MPF, abaixo relacionados”, ordenou o juiz.

Até o início da noite, a PF já havia prendido nove dos dez alvos da Operação Descontaminação. Somente Carlos Alberto Montenegro Gallo ainda não havia sido capturado. Ele estava em negociação para se apresentar.

O magistrado ordenou busca e apreensão nos endereços desses investigados, assim como da filha do ex-presidente Maristela Temer, do almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, de Ana Cristina da Silva Toniolo e de Nara de Deus Vieira. Também foram realizadas buscas nas empresas vinculadas aos investigados. A ação que prendeu Temer e seus aliados é decorrente da Operação Radioatividade, que mirou um esquema de cartel, corrupção ativa e passiva, lavagem de capitais e fraudes à licitação que atuou na construção da usina nuclear de Angra 3.

A nova investigação apura pagamentos ilícitos feitos por determinação do empreiteiro José Antunes Sobrinho, ligado à Engevix, para “o grupo criminoso liderado por Michel Temer, bem como de possíveis desvios de recursos da Eletronuclear para empresas indicadas pelo referido grupo”. A Lava Jato identificou um “sofisticado esquema criminoso para pagamento de propina para três empresas”.


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