Justiça aceita nova denúncia contra Marcelo Odebrecht

Justiça aceita nova denúncia contra Marcelo Odebrecht

Despacho do juiz Sérgio Moro solicita nova prisão preventiva do empresário

Agência Brasil

Justiça aceita nova denúncia contra Marcelo Odebrecht

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A Justiça Federal do Paraná aceitou nesta segunda nova denúncia contra o presidente da construtora Odebrecht,
Marcelo Odebrecht. No despacho do juiz Sérgio Moro, responsável pela maioria das investigações na Operação Lava Jato, os executivos Rogério Araújo e Marcio Faria, ligados à empresa, também foram citados.

Ao aceitar a denúncia, o juiz decretou nova prisão preventiva de Marcelo e dos dois executivos, desta vez acusados de pagamento de R$ 137 milhões em propinas em oito contratos da Petrobras, entre 2004 e 2011. Sérgio Moro deferiu o pedido do Ministério Público Federal (MPF) feito na última sexta-feira.

De acordo com a denúncia apresentada pelo MPF, Marcelo está envolvido diretamente no esquema de pagamento de propina a ex-dirigentes da Petrobras e atuava orientando as atividades dos demais acusados ligados à empreiteira, como os executivos Rogério Araújo, Márcio Faria de Sá e Cesar Rocha, que também se tornam réus com a decisão de Moro.

Para abrir a ação penal, Moro considerou significativo documentos da Suíça, apresentados pela acusação, que demonstram a movimentação de contas da Odebrecht para ex-dirigentes da estatal.

"Relativamente ao pagamento de vantagens indevidas nos contratos que constituem objeto específico desta ação penal, observo que, além das propinas constituírem, em cognição sumária, a regra nos grandes contratos da Petrobras, eles, os contratos, encontram-se relacionados em tabela fornecida por Pedro Barusco, gerente de Serviços e Engenharia da Petrobras. Portanto, há, em cognição sumária, provas documentais significativas da materialidade dos crimes, não sendo possível afirmar que a denúncia sustenta-se apenas na declaração de criminosos colaboradores", informou o juiz.

Sobre a decretação da nova prisão de Odebrecht e dos executivos da empresa, Moro afirmou que eles devem continuar presos por oferecerem riscos as investigações. "O risco à investigação e à instrução decorre de condutas subreptícias, destruição e interferência na colheita das provas, assim como o risco à aplicação da lei penal, dissipação de ativos com remessas ao exterior e movimentação no exterior de ativos criminosos. Não há como controlar essas condutas com medidas alternativas."

Em julho, Moro aceitou outra denúncia contra Marcelo Odebrecht e executivos ligados à empreiteira.

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