"Justiça Eleitoral espera que partidos organizem cota de gênero nas eleições de 2024", diz Moraes

"Justiça Eleitoral espera que partidos organizem cota de gênero nas eleições de 2024", diz Moraes

Segundo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, medida pode evitar anulações por fraudes

R7

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou nesta quinta-feira (16) que a Justiça Eleitoral espera que partidos políticos obedeçam corretamente ao percentual mínimo de candidaturas femininas que nas eleições municipais de 2024, para evitar uma “enxurrada de anulações” de votos por fraude à cota de gênero.

"Hoje é muito mais fácil fazer prova. Tivemos casos nos quais em redes sociais, as supostas candidatas pediam votos para outros candidatos e isso acaba afetando a composição da Câmara", disse. 

Moraes lembrou que vários casos de fraude à cota de gênero que chegam ao TSE apresentam semelhanças, como votação zerada ou número pífio de votos. "Os partidos precisam respeitar a lei para que não tenhamos essa extensiva fraude à cota de gênero”, afirmou.

A legislação eleitoral determina que cada partido ou coligação deve preencher o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo nas eleições para Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa do Distrito Federal, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais.

A regra passou a ser obrigatória a partir de 2009 e, desde então, houve vários avanços, mas ainda existem as chamadas “candidaturas-laranjas”, que são fictícias, em que as legendas utilizam dados de mulheres para preencher a cota, mas não dão o apoio necessário e nem investem nessas mulheres para que se possa ter um equilíbrio na disputa.


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