Justiça impede prefeitura de SP de remover à força dependentes químicos

Justiça impede prefeitura de SP de remover à força dependentes químicos

Prefeitura pretendia conduzir compulsoriamente usuários de drogas da Cracolândia para avaliação médica

Agência Brasil

Usuários de drogas se concentram na Praça Princesa Isabel, após ações de desocupação da Cracolândia

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A Justiça derrubou neste domingo, a pedido do Ministério Público de São Paulo e da Defensoria Pública do estado, a
decisão que autorizava a prefeitura de São Paulo a conduzir compulsoriamente - contra a vontade da pessoa - usuários de drogas da região da Cracolândia para avaliação médica. A prefeitura pretendia remover à força os usuários para que um médico avaliasse a necessidade de internação compulsória. Caso o médico recomendasse a internação, seria necessária autorização judicia, procedimento já adotado atualmente. 

Na decisão deste domingo, o desembargador Reinaldo Miluzzi considerou relevantes os fundamentos do Ministério Público e da Defensoria Pública para derrubar a medida da prefeitura paulistana. "Como bem asseverado em ambos os recursos, o pedido (da prefeitura) é impreciso, vago e amplo e, portanto, contrasta com os princípios basilares do Estado Democrático de Direito, porquanto concede à municipalidade carta branca para eleger quem é a 'pessoa em estado de drogadição vagando pelas ruas da cidade de São Paulo'", declarou o juiz. O desembargador também retirou o segredo de Justiça do processo.

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