Juvir Costella aponta acesso asfáltico como prioridade no RS

Juvir Costella aponta acesso asfáltico como prioridade no RS

Deputado estadual do MDB reeleito retornará ao comando da pasta de Logística e Transportes na segunda administração de Leite

Felipe Nabinger

Costella comandou a pasta de Logística e Transportes durante toda gestão de Eduardo Leite

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Antes mesmo da posse do governador Eduardo Leite (PSDB), o deputado estadual reeleito Juvir Costella (MDB) já trabalha visando sua recondução à Secretaria de Logística e Transportes, anunciada no final da semana passada. O futuro secretário elenca como prioridade da próxima gestão os acessos asfálticos aos municípios. “A meta é sempre ter 100% das estradas asfaltadas, mas queremos ter, no mínimo, 80% delas concluídas até o final do mandato”, explica Costella. Ele esteve reunido nesta terça-feira com o atual titular da pasta Luiz Gustavo de Souza, que assumiu a função após a saída do emedebista para concorrer. Na oportunidade, Costella elogiou o fato de as obras terem sido mantidas pelo seu sucessor. 

Conforme o deputado estadual, de 62 municípios, 14 tiveram o asfaltamento concluído e 16 estão em obras, sendo alguns em estágio avançado. Há ainda 14 acessos na dependência de trâmites burocráticos para o início e outros 18 em estágio de “reequilíbrio de projetos” e ainda não licitados. 

Costella é cauteloso quanto a projetar a totalidade das obras concluídas e cita como entraves situações como do município de Garruchos, nas Missões, que tem destaque no cultivo de soja, e a maior demanda em extensão entre aqueles municípios que carecem de acesso asfáltico. São 62 quilômetros de estrada de chão. O secretário que assume no próximo domingo tem uma previsão orçamentária de R$ 130 milhões somente para essa obra.

As conclusões dos acessos a Cerrito, no sul; Ponte Preta, no Norte; e de Coqueiro Baixo e Nova Bréscia, no Vale do Taquari, deverão ser as primeiras a serem concluídas na próxima gestão. Embora haja trechos “99% prontos”, Costella diz que só considera concluídas as estradas onde, além do asfalto, a sinalização, com placas e pintura na pista, esteja finalizada. 

Projetos polêmicos fora da pauta

O tema do acesso aos municípios, além de antigo, esteve no foco de outra discussão no ano passado. O Executivo encaminhou um projeto à Assembleia Legislativa prevendo repassar R$ 495,1 milhões do Daer para o DNIT, a fim de concluir obras em rodovias federais como, por exemplo, o complexo Sinos-Scharlau, em São Leopoldo. A ideia encontrou restrição de prefeitos de municípios e foi derrotada em votação apertada de 26 votos contrários a 25, em julho deste ano.

Questionado se o tema voltará ao debate, Costella diz que “hoje não se trata desse assunto”, que é um projeto de governo, sem depender da sua pasta. Mesmo assim, frisa a necessidade de conclusão das obras federais e de diálogo com o governo do presidente eleito Lula (PT), buscando encontrar caminhos que favoreçam o RS.

Em processo de extinção, EGR ainda administra 450 quilômetros de estradas

Além dos acessos asfálticos aos municípios, um desafio na área de transportes do segundo governo Leite será a concessão de estradas à iniciativa privada, que irá esvaziar as funções da EGR, já em processo de extinção. A questão foi pauta na eleição.

Dos cerca de 1 mil quilômetros de estradas estaduais sob o guarda-chuva da empresa, após quatro anos de gestão tucana dividida entre Leite e Ranolfo Vieira Júnior, cerca de 450 quilômetros ainda são responsabilidade da empresa, segundo Costella. Dos três blocos de rodovias disponibilizados para concessão, somente o bloco 3 foi repassado. A assinatura do contrato foi firmada na última semana. O bloco 2 iria a leilão em setembro, mas por não haver interessados a oferta foi suspensa, sem definição de nova data. Já o bloco 1, que inclui a RS-118, passa por estudos.

Estas demandas estão sob os cuidados da área de parcerias. A Secretaria de Parcerias e Concessões, aliás, deixou de ser extraordinária e se tornou ordinária. Seu titular ainda não foi anunciado.

 


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