Kassab promete candidaturas próprias ao lançar seu novo partido, o PSD

Kassab promete candidaturas próprias ao lançar seu novo partido, o PSD

Prefeito de São Paulo negou possibilidade de fusões com PSB ou PMDB

AE

Kassab promete candidaturas próprias ao lançar seu novo partido, o PSD

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O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, descartou a possibilidade de que seu novo partido, o PSD (Partido Social Democrático), lançado nesta segunda-feira, caminhe para uma fusão com PSB ou PMDB. O político se desligou do DEM para iniciar o projeto da nova sigla.

"Não faremos fusão", garantiu Kassab. "Fomos convidados por duas legendas respeitáveis, o PMDB e o PSB, e definimos nas últimas semanas que o partido caminhará com suas próprias pernas nas eleições municipais do ano que vem, coligado ou com candidatura própria", afirmou o prefeito, que, nesta segunda, deixou oficialmente suas funções partidárias no DEM, no qual era presidente do diretório regional paulista.

Kassab atribuiu sua decisão de deixar o DEM e criar o PSD à discordância da atuação do partido como oposição e disse que sua aproximação com o governo da presidente Dilma Rousseff nos últimos meses tornou insustentável sua permanência. "Me sinto desconfortável num partido que quer votar sempre contra, porque é contra. Acima dos partidos existem os interesses do País", justificou.

Líder da nova legenda, Kassab relatou que pretende criar grupos de discussão nos Estados, entre eles Goiás, Tocantins, Roraima, Minas Gerais e Rio de Janeiro, para a montagem de diretórios. "Aqueles que estão no DEM e em outros partidos estão no direito de se filiar ao PSD", convocou.

O prefeito contou que, em São Paulo, já convidou três aliados para analisar a possibilidade de concorrer à sua sucessão: o vice-governador, Guilherme Afif Domingos, o secretário municipal de Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, e o ex-secretário estadual de Planejamento Francisco Luna. Segundo Kassab, os três disseram que não têm disposição de se candidatar no ano que vem, mas ele pretende insistir.

Questionado sobre suas relações com o ex-governador José Serra e com o PSDB paulista, Kassab disse que, mesmo mudando de partido, manterá uma aliança "sólida e firme" com o tucano. "Minhas relações com o José Serra são inquebráveis. Onde ele estiver, estarei ao seu lado", reforçou Kassab, lembrando que votou em Serra nas eleições de outubro, mas explicando que, como Dilma venceu, agora "torce pelo sucesso" da presidente.

O prefeito não quis comentar o resultado da pesquisa Datafolha, divulgada nesta segunda, que mostra recorde de desaprovação sobre sua atuação no comando da administração municipal. "Espero que possamos, até o último dia do nosso mandato, continuar trabalhando para cumprir nossas metas", desconversou. Quanto às críticas do deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), líder do DEM na Câmara, Kassab preferiu fugir do confronto. ACM Neto postou em seu Twitter: "Nasceu hoje o PSD, o partido sem decência, o partido sem dignidade. O DEM tem de ir para a oposição ao Kassab. Vamos enfrentá-lo em São Paulo."

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