Líder do PSC diz que declaração de Feliciano em culto foi "infeliz"

Líder do PSC diz que declaração de Feliciano em culto foi "infeliz"

Deputado pastor disse que CDH era dominada por "Satanás" antes dele assumir a presidência

AE

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O líder do PSC na Câmara, deputado André Moura (SE), classificou nesta terça-feira de “infeliz” a declaração do também deputado, pastor e presidente da Comissão dos Direitos Humanos (CDH), Marco Feliciano, de que a CDH era "dominada por Satanás" antes de sua nomeação. A frase foi proferida durante um culto no município de Passos, interior de Minas Gerais, na última sexta-feira.

O líder criticou as declarações feitas pelo colega no culto. "Eu entendo que são declarações infelizes da parte dele e disse isso ao deputado. Acho que agora cabe a ele um pedido de desculpas oficial". Moura também relatou que a deputada Antônia Lúcia (PSC-AC) recuou da decisão de deixar o cargo de vice-presidente. "A deputada ontem (segunda-feira) deu uma declaração mediante aquilo que foi passado para ela, mas ela conversou com o deputado Pastor Marco Feliciano na noite de ontem, teve uma conversa conosco hoje, e ela permanece na primeira-vice-presidência da comissão", afirmou Moura.

Para o deputado, cabe à Mesa Diretora da Câmara analisar a conduta de Feliciano, uma vez que já foi anunciada a apresentação de um pedido de investigação contra ele na Corregedoria da Casa. "Logicamente, que a Mesa Diretora da Casa fará uma análise das consequências da declaração mesmo porque, apesar de ser num culto evangélico, ele fez referência a parlamentares que faziam parte da comissão no ano passado e alguns que continuam fazendo parte”.

Moura esclareceu que a decisão da Mesa Diretora deverá ter como base um pedido de investigação que o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) anunciou que apresentará nessa semana. Ele afirmou que a bancada do PSC já pediu antes a Feliciano que reconsiderasse sua decisão de permanecer no cargo e ressaltou que a executiva do partido decidiu apoiar o pastor.

O líder reconheceu que a continuidade das polêmicas incomoda a bancada."É uma situação que deixa o partido incomodado, toda a bancada incomodada. As declarações do pastor também nos deixam preocupados. Mas entendo que nesse momento a coisa tomou proporções maiores que fogem da alçada da bancada e da liderança e tem que ser resolvida pela Executiva Nacional do partido e, logicamente, pela Mesa diretora da Casa", disse Moura.

Ele acredita que a conversa de Feliciano com os líderes na próxima semana poderá ser "decisiva" para que ele possa ouvir os argumentos dos que pedem sua renúncia e expor os motivos que o levam a continuar. Moura disse que o pastor fez uma avaliação precipitada ao dizer que tem sido "achincalhado" pelos líderes.



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