Laudo da perícia dos restos mortais de Jango é inconclusivo

Laudo da perícia dos restos mortais de Jango é inconclusivo

Peritos não conseguiram confirmar ou negar se houve envenenamento

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Causa da morte teria sido natural, segundo a Polícia Federal

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O laudo da perícia dos restos mortais do ex-presidente João Goulart divulgado nesta segunda-feira pela Polícia Federal (PF), na Secretaria de Direitos Humanos de Brasília, apontou causas naturais no infarto sofrido pelo político. Segundo a PF, exames toxicológicos deram negativos, mas, devido ao fato da morte ter ocorrido há 37 anos, não há como confirmar ou negar se houve envenenamento. Por isso, o laudo foi inconclusivo.

As investigações sobre a morte de Jango foram conduzidas pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH), que formou um grupo de trabalho no início de 2013. A Comissão Nacional da Verdade decidiu em março, exumar o corpo de Jango para realizar exames e verificar a verdadeira causa da morte do ex-presidente. Os trabalhos de recuperação do corpo tiveram início em 13 de novembro de 2013 em São Borja, na região das Missões, e duraram cerca de 18 horas

Além de membros da Comissão da Verdade, a equipe contou com a participação de peritos da Polícia Federal, que foram responsáveis pelas análises técnicas, além de representantes da própria SDH. Especialistas forenses de Argentina, Uruguai e Cuba, países com mais experiência no tema, completaram a força-tarefa. Foi preciso mais de um ano para os peritos chegarem a uma conclusão sobre a morte do ex-presidente.

João Goulart morreu, oficialmente, vítima de um ataque cardíaco, no município argentino de Mercedes, Corrientes, em 6 de dezembro de 1976. No entanto, sempre houve dúvidas sobre se essas realmente foram as causas da morte do ex-presidente. Defensores de Jango acreditavam que ele teria sido assassinado por agentes da Operação Condor. Por decisão da família, não foi realizada autópsia em seu corpo antes do sepultamento.

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