Lava Jato investiga pagamento de propina a dois ex-ministros em São Paulo e na Bahia
Odebrecht estaria envolvida em esquema relacionado a Palocci e Mantega
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A Polícia Federal (PF) iniciou na manhã desta quarta-feira a 63ª fase da operação Lava Jato, que investiga pagamento de propina a dois ex-ministros de estado por parte da Odebrecht. Os envolvidos eram identificados como “Italiano” e “Pós-Itália”. Em depoimentos, executivos da Odebrecht disseram que o codinome "Italiano" se referia a Antônio Palocci e "Pós-Itália" a Guido Mantega.
As autoridades cumprem dois mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão em São Paulo e na Bahia. Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba-PR. Além dos mandados, a Justiça também determinou o bloqueio de ativos financeiros dos investigados no valor de R$ 555 milhões.
Os suspeitos presos serão levados para a sede da PF em São Paulo, e depois para a para a Superintendência do Paraná, onde serão interrogados. A PF afirma que os valores da propina eram anotados em uma planilha chamada de "Programa Especial Italiano". O pagamento seria realizado em troca de aprovação de MPs (medidas provisórias) que instituiriam um novo refinanciamento de dívidas fiscais e permitiriam a utilização de prejuízos fiscais das empresas como forma de pagamento.
Segundo as autoridades, "há indicativos de que parte dos valores indevidos teria sido entregue a um casal de publicitários como forma de dissimulação da origem do dinheiro". A operação foi batizada de Carbonara Chimica.