Lava Jato investiga supostas irregularidades em penitenciária do Rio de Janeiro
Estão sendo cumpridos 14 mandados de prisão
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Entre os servidores que são alvos da operação estão o ex-secretário estadual de Administração Penitenciária (Seap) e coronel da Polícia Militar Cesar Rubens Monteiro de Carvalho e o ex-secretário adjunto de tratamento penitenciário Marcos Vinicius Lips. Ao menos três pessoas teriam sido presas, mas os nomes dos detidos ainda não foram confirmados. O Ministério Público Estadual participa, pela primeira vez, da ação.
As investigações partiram de delação premiada do operador do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB), Carlos Miranda. O colaborador afirmou ao Ministério Público Federal que havia um acordo entre Carvalho, quando ainda secretário, e Cabral para o repasse de propina nos contratos da secretaria. Os pagamentos, segundo a delação, começaram a ser feitos no final de 2007 e duraram até 2014, abastecendo a organização criminosa do ex-governador, segundo o MPF.
Contratos antigos da secretaria já vinham sendo investigados. Em janeiro, a Justiça mandou afastar o então secretário estadual Erir Ribeiro Costa Filho após a divulgação de supostos privelégios ao ex-governador Sérgio Cabral na cadeia pública de Benfica, no Rio.
Com a saída de Costa Filho, David Anthony assumiu o cargo. O delegado da Polícia Civil fluminense foi mantido no cargo mesmo com a intervenção federal na área de segurança do Estado.