Leite chama obra do Cais Mauá de projeto icônico após leilão
Prefeito Sebastião Melo comentou que obra em Porto Alegre precisa começar em breve
publicidade
Minutos após o arremate da concessão do Cais Mauá, feito nesta terça-feira na B3, em São Paulo, o governador Eduardo Leite e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, subiram ao palco do leilão para falar sobre a iniciativa. Leite classificou o projeto como icônico e Melo destacou que a obra precisa começar andar logo.
"Quero agradecer à prefeitura e ao BNDES que foram parceiros do governo do Estado nesta ideia. Quero destacar que não se trata apenas de uma iniciativa imobiliária, mas um projeto icônico. Precisávamos dos corações e das mentes dos integrantes do BNDES para isso”, comentou Leite em sua manifestação.
Para Leite, a obra do novo Cais Mauá mostra que o Estado é um estado empreendedor e que está aberto para investimento privado. “A prefeitura tem sido uma parceira fundamental para este projeto. Sem ela, isso seria inviável e por isso meu agradecimento ao prefeito Sebastião Melo”, disse.
Já o prefeito Melo disse que a obra precisa ser iniciada em breve e promete um licenciamento rápido. “Bater o martelo é bom, mas nós queremos a obra”, destacou. "Queremos começá-la para anteontem”, acrescentou.
Melo afirmou que fez questão de estar presente na B3 para “somar a governança” com a administração estadual. “É um projeto que tem a liderança do governo, mas que dialoga na veia com a cidade. Isso representa uma conexão de Porto Alegre com o rio Guaíba. Acho que o município passa por grandes transformações e com o Embarcadero já tivemos um gostinho do que será o Cais Mauá”, completou.
Lance único garante o Cais
Durante a manhã desta terça-feira, o espaço do Cais Mauá foi arrematado em lance único pelo consórcio Pulsa RS, pelo valor de R$ 144,8 milhões.
A parceria público-privada tem o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável e o resgate da relação histórica do local com o Guaíba. O período da concessão do Cais Mauá à iniciativa privada será de 30 anos, com investimentos direcionados para a ampla revitalização e qualificação do local.
O trecho concedido vai da Usina do Gasômetro até a Estação Rodoviária de Porto Alegre, com extensão de três quilômetros e área de 181,2 mil metros quadrados. O compromisso é pela reestruturação do patrimônio histórico (armazéns tombados e pórtico central) e revitalizar as docas nos cinco primeiros anos de concessão.
A circulação livre para pedestres está garantida, e a cobrança de ingresso para acessar o Cais a pé será proibida.
O edital contempla a remoção parcial do muro da Mauá e a implementação de um projeto de contenção de cheias com barreiras fixas e removíveis, sujeito à aprovação dos órgãos competentes. Com a aprovação, a construção da nova barreira pode começar, seguida pela retirada do muro.
A concessão também reserva uma área para eventos culturais nos Armazéns A e B e no Pórtico Central, dedicada à Secretaria da Cultura.
O documento estabelece a obrigação de destinar dois armazéns – ou uma área equivalente a 8 mil metros quadrados para eventos estaduais durante 30 dias por ano, como acontece, por exemplo, com South Summit Brasil.