Leite diz que dívida, precatórios e déficit previdenciário seguem travando RS

Leite diz que dívida, precatórios e déficit previdenciário seguem travando RS

Governador entregou na Assembleia planejamento do orçamento para os próximos quatro anos. Peça não contabilizou R$ 4,1 bilhões da venda da Corsan

Flavia Bemfica

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O governador Eduardo Leite (PSDB) disse, na manhã desta terça-feira, que o Rio Grande do Sul segue com três condições que dificultam seus movimentos. "Do ponto de vista estrutural, o Estado tem enormes desafios. Eu diria que são um tripé: dívida com a União, estoque de precatórios e déficit previdenciário", elencou.

A declaração foi feita durante a cerimônia de entrega do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, na Assembleia Legislativa. O PPA estabelece diretrizes, programas e ações da administração estadual a cada quatro anos.

O PPA entregue nesta terça tem 11 programas temáticos, 69 ações e 605 iniciativas, para as quais está prevista a alocação de R$ 58 bilhões no período. No montante, conforme frisou Leite, em função dos prazos entre a elaboração do plano e a assinatura do contrato de venda, não estão contabilizados os R$ 4,1 bilhões da privatização da Corsan.

Os R$ 58 bilhões também excluem as chamadas despesas obrigatórias do governo, como pagamento de salários. Quando contabilizadas todas elas, ou seja, o orçamento global, os valores ultrapassam os R$ 200 bilhões.

Instado a elencar o que a administração apontou como prioridade entre os 11 programas, Leite citou a educação, como prioridade absoluta, a infraestrutura, e os programas de inclusão produtiva e apoio aos mais pobres.

O governador confirmou ainda o lançamento de um novo programa de investimentos nas próximas semanas. Conforme ele, a ideia é começar por investimentos que dependam de convênios com municípios, em função da série de restrições que ocorrerão em 2024, por se tratar de ano eleitoral.

"Os programas para auxiliar municípios com obras de infraestrutura deverão ser os primeiros que lançaremos. Mas não ocorrerão em blocos, serão caso a caso", adiantou.


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