Levy acredita que controvérsia sobre contas do governo será resolvida
Ministro citou que a Europa enfrentou e solucionou esse problema
publicidade
"O que este processo mostra é o extremo cuidado com a forma com que o governo usa seus instrumentos de controle", explicou o ministro. O Tribunal de Contas da União rejeitou na quarta-feira as contas do governo de Dilma Rousseff em 2014, fato que não acontecia desde 1936, em outra derrota para a presidente. Segundo os auditores do TCU, o governo maquiou números para melhorar o resultado fiscal e praticou distorções contábeis, totalizando R$ 106 bilhões. "No Brasil temos instâncias fortes e muito transparentes de controle público", disse o ministro.
Levy foi questionado, no encontro, sobre a possibilidade de pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. "Não sei", respondeu. "Em democracia é comum que esses temas se transformem em uma impugnação". "São as democracias, podemos gostar ou não. O importante é que temos que superar isso e sermos claros. Nosso principal desafio é como nos adaptarmos às mudanças na economia mundial e temos que nos concentrar nisso", argumentou. O ministro da Fazenda participa de uma reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM).
O FMI espera que a economia brasileira se contraia 3% em 2015 e 1% em 2016, golpeada pela crise econômica global, que tem derrubado o preço das matérias-primas, e por problemas políticos internos, que também influenciaram a desvalorização da moeda.