Lideranças do PDT e PSB estão mais otimistas na formação de bloco

Enquanto PP e União Brasil medem as consequências do ‘passo atrás’, lideranças locais do PDT e do PSB se mostram otimistas. Nesta quarta-feira, o PDT realizou uma reunião ampliada da executiva nacional, com a participação de senadores e deputados federais, para tratar do tema. No encontro ficou decidido que os debates serão levados para os estados, ou seja, os diretórios estaduais e municipais vão participar do processo de decisão.

“Vamos cumprir as três etapas de uma união. Primeiro vamos fechar um bloco na Câmara e no Senado, que atuará em conjunto. É o namoro. Depois vamos federalizar para as eleições de 2024, que é o noivado. E lá na frente, depois de 2026, porque é necessário que tenhamos pelo menos duas eleições juntos, aí podemos fazer uma fusão, o casamento”, compara o deputado federal e vice-presidente do PDT gaúcho, Pompeo de Mattos.

O parlamentar tem prontas tabelas e gráficos que trazem as votações do PDT, do PSB, do Solidariedade e do Pros (os dois últimos tiveram fusão homologada em fevereiro), além de dados sobre as siglas que atingiram a cláusula de barreira, com projeções até 2030. “Tenho todas as variáveis possíveis. Se já estivéssemos juntos na eleição passada, teríamos feito três deputados a mais”, avalia Pompeo.

O presidente do PSB no RS, Mário Bruck, assinala que o partido aprovou por ampla maioria prosseguir nas conversas, com autorização para fechar a federação, e adianta que as três legendas já se reuniram para discutir pontos como o estatuto e formaram uma comissão.

“Embora tenhamos muitas afinidades programáticas, temos questões políticas, que vão sendo ajustadas. O fato é que as federações são uma tendência e que temos a possibilidade de formar um campo alternativo ao PT importante à esquerda”, projeta.