Lula avalia antecipar reoneração do diesel para baratear carro popular

Lula avalia antecipar reoneração do diesel para baratear carro popular

Proposta foi sugerida ao presidente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o anúncio deve ocorrer em breve

R7

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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia antecipar a reoneração do diesel, prevista para janeiro de 2024, para viabilizar a redução do preço dos carros populares. Dessa forma, não será preciso conceder isenções para as fabricantes de veículos, como havia sido estudado pela equipe. A proposta foi sugerida ao petista pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A ideia é conceder crédito tributário para as empresas do setor, e assim compensar a eventual queda de receita com os recursos da reoneração do combustível. Haddad afirmou, na última quinta-feira (1º), que apresentou o redesenho do programa para Lula, que validou a proposta. A expectativa é de que o anúncio, que será feito pelo presidente, ocorra na próxima semana.

No último dia 25, o governo anunciou que carros de até R$ 120 mil terão redução de 1,5% a 10,96% em impostos de fabricação. O desenho do programa, segundo Haddad, atendeu às demandas da Fazenda e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), chefiado por Geraldo Alckmin, que também é vice-presidente.

"Os dois ministérios foram contemplados com a solução, inclusive do ponto de vista fiscal, do estímulo que será dado, a dimensão do programa, está tudo bem delimitado. O presidente validou a fonte para financiar, sem que haja descompromisso com as metas fiscais deste ano", disse o ministro da Fazenda.

Haddad reiterou que será um pacote temporário, com duração "em torno" de quatro meses, mesmo prazo da medida provisória, e que o impacto não chegará a R$ 2 bilhões. Além disso, afirmou que a renúncia será mais do que compensada pelas medidas apresentadas em contrapartida, como a reoneração do diesel.

Os critérios adotados pelo governo para baratear o valor dos carros são sociais, industriais e ambientais. Os descontos, que dependem das montadoras, devem oscilar entre 1,5% e 10,96%. Atualmente, existem apenas dois modelos de carro considerados de entrada à venda no país: Renault Kwid por R$ 68,2 mil e Fiat Mobi por R$ 69 mil.


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