Lula demite Rita Serrano da presidência da Caixa

Lula demite Rita Serrano da presidência da Caixa

Para o seu lugar foi anunciado economista Carlos Antônio Vieira Fernandes

Correio do Povo

publicidade

O Governo Federal anunciou nesta quarta-feira a demissão de Rita Serrano na presidência da Caixa Ecônomica Federal. A decisão foi confirmada após reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Rita. Para o seu lugar foi anunciado o economista Carlos Antônio Vieira Fernandes.

Em nota, o Executivo disse que Rita cumpriu na sua gestão uma missão importante de recuperação da gestão e cultura interna da Caixa Econômica Federal, com a valorização do corpo de funcionários e retomada do papel do banco em diversas políticas sociais. 

Na gestão de Rita Serrano em frente à Caixa, iniciada no dia 12 de janeiro deste ano, foram inauguradas 74 salas de atendimento para prefeitos em todo o país. A ação era um compromisso de campanha do presidente Lula. 

Segundo o Governo, Fernandes dará continuidade ao trabalho da Caixa Econômica Federal na oferta de crédito na nossa economia e na execução de políticas públicas em diversas áreas sociais, culturais e esportivas.

Entenda o que está em jogo

Recentemente, o cargo de presidência da Caixa passou a ser cobiçado pelo Centrão. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) chegou a afimar, no último dia 17, que as bancadas do Progressistas e do Republicanos na Casa farão parte da base do governo - que isso incluiria negociações envolvendo a Caixa Econômica Federal. Ao jornal Folha de S. Paulo, ele afirmou que as 12 indicações políticas para as vice-presidências do banco passarão por ele.

Com a pressão sobre o cargo mais alto na instituição, Lula se manifestou e disse que só ele tem o poder de 'tirar' e 'colocar'. "Só eu tenho o direito de colocar, só eu tenho o direito de tirar. Então, fique tranquilo que isso será feito com a maior tranquilidade", disse o presidente depois de questionado por jornalistas se haveria troca no banco. "Na hora em que eu tiver que mexer em alguma coisa, eu vou mexer", declarou ele.

O presidente disse que nunca fica "nervoso" com a Câmara nem com o Senado, e que governar não lhe tira o sono. "Ninguém me ofereceu a Presidência da República, eu briguei para estar aqui", afirmou ele.

 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895