Lula descarta ideia de elevar taxas de produtos de países ricos

Lula descarta ideia de elevar taxas de produtos de países ricos

Medida pode ser tomada caso alguma das 190 nações não aceite o acordo para redução de gases

Agência Brasil

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeitou a ideia de elevar taxas de produtos de países ricos que se recusarem a adotar metas de redução de gás carbônico (CO2) na 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorre em Copenhague, na Dinamarca. Ele descartou a proposta ao responder à pergunta de uma leitora na coluna semanal O Presidente Responde, publicada nesta terça-feira.

"Embora os países desenvolvidos estejam resistindo a adotar metas relevantes de redução da emissão de CO2, o Brasil não pode apelar para instrumentos comerciais ilegais. Nosso país deve respeitar os compromissos assumidos na Organização Mundial do Comércio. Elevar a tarifa sobre produtos provenientes somente dos países desenvolvidos consistiria em medida discriminatória", respondeu Lula à leitora que sugeriu o aumento das taxas pelo governo brasileiro.

Lula, que embarcou na manhã desta terça-feira para Copenhague onde participará da Conferência do Clima, lembrou que o Brasil assumiu o compromisso voluntário de reduzir as emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 39,8% até 2020. Segundo ele, após o Brasil divulgar a meta os Estados Unidos e a China também apresentaram suas propostas de redução do gás.

Até sexta-feira, negociadores de mais de 190 países terão a missão de chegar a um consenso sobre o novo acordo climático para complementar o Protocolo de Quioto depois de 2012. A delegação brasileira em Copenhague é chefiada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e conta ainda com integrantes dos ministérios das Relações Exteriores, do Meio Ambiente, da Ciência e Tecnologia e da área econômica.

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