Lula exalta o SUS em evento no Hospital de Clínicas, em Porto Alegre

Lula exalta o SUS em evento no Hospital de Clínicas, em Porto Alegre

"Precisou acontecer uma pandemia para que o SUS fosse respeitado neste país", disse Lula em seu discurso 

Felipe Nabinger

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Em visita ao Rio Grande do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira (30) da inauguração oficial dos blocos B e C do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Durante seu discurso, Lula exaltou o Sistema Único de Saúde (SUS). O presidente lembrou que era deputado constituinte, juntamente com o ex-governador Olívio Dutra, presente no palco, quando o SUS foi criado, buscando a universalização da saúde no país.

"Quem já morou nos Estados Unidos e países da Europa, sabe que não há em país algum plano de saúde com a abrangência do SUS. Precisou acontecer uma desgraça, que foi a pandemia, e de um governo negacionista para que o SUS fosse respeitado nesse país. Morreram 700 mil pessoas, mas poderiam ter morrido mais de um milhão, não fosse a dedicação dos profissionais do SUS", afirmou.

Ao defender que a inauguração dos dois novos blocos torna o Clínicas o centro de excelência mais importante do país, Lula afirmou que é possível construir um outro país e que não há nada que impeça o Brasil de se tornar um país mais rico e mais justo.

"Voltei porque acho que vamos construir um país do tamanho que a gente quer. Com a cara de vocês, gente vencedora. Precisamos pensar grande. Quero um país de gente bonita, que come e toma uma cervejinha no final de semana. Ninguém gosta de ser pobre, queremos viver bem e dignamente. E é esse país que vamos construir."

Lula disse que a educação pode trazer a revolução social que o país precisa, afirmando ser possível construir hospitais universitários, como o HCPA, em outras regiões do país. Ao citar o encontro com reitores de universidades federais ocorrido neste ano para retomar investimentos, pessoas presentes no público pediram "fora, Bulhões", em alusão ao reitor da UFRGS.

Brasil “sofreu com negacionistas”, diz ministro

Os blocos B e C ficaram prontos em 2019, com o investimento de R$ 555,5 milhões, destinados ainda no governo de Dilma Rousseff. Os recursos saíram do Ministério da Educação, por se tratar de um hospital-escola.

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o Brasil "sofreu com negacionistas".  Em seu discurso, Santana ressaltou políticas afirmativas na área da educação e investimentos no Estado através de bolsas de estudo, da compensação orçamentária de instituições federais, entre outros projetos. "O ato de hoje envolve duas áreas que são fundamentais para as pessoas (educação e saúde). Durante muito tempo negaram a pesquisa nesse país."


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