"Lula tem que medir as palavras", diz Mourão após fala sobre policiais

"Lula tem que medir as palavras", diz Mourão após fala sobre policiais

Petista se desculpou após dizer que Bolsonaro 'não gosta de gente, gosta de policial'; 'Só tem atravessado o samba', afirmou Mourão

R7

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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse nesta segunda-feira (2) que o ex-presidente e pré-candidato ao Planalto Luiz Inácio Lula da Silva tem se excedido nas declarações e precisa medir as palavras. A fala de Mourão ocorreu quando ele foi perguntado sobre o petista ter pedido desculpas aos policiais, durante pronunciamento pelo Dia do Trabalhador, neste domingo (1º).

“O Lula de vez em quando, de vez em quando não, ultimamente, ele só tem atravessado o samba. Então é problema é dele (ter falado sobre policiais e depois pedido desculpas). Tem que medir as palavras”, disse o vice-presidente.

Com a proximidade das eleições, o ex-presidente tem participado de mais eventos públicos e algumas de suas declarações têm sido consideradas gafes, vistas como fator de preocupação por aliados. O caso mais recente aconteceu neste sábado (30), quando Lula afirmou que Bolsonaro “não gosta de gente, gosta de policial”. A declaração fez com que ele fosse atacado por adversários nas redes sociais.

Neste domingo, o ex-presidente iniciou seu discurso em uma manifestação com lideranças sindicais pedindo desculpas aos policiais. Ele afirmou que na verdade queria dizer que Bolsonaro gosta “de milicianos”. Sobre os policiais, o petista declarou que eles “muitas vezes cometem erros, mas muitas vezes salvam muita gente do povo trabalhador” e “nós temos que tratá-los como trabalhador”. “Eu escolhi o mês dos trabalhadores para pedir desculpas aos policiais que por acaso se sentiram ofendidos com o que eu falei ontem.”

Outras falas de Lula consideradas gafes por especialistas e até mesmo aliados são as declarações sobre aborto e uma sugestão para que sindicalistas procurassem deputados em suas casas.

Juventude à direita

Mourão disse que a um movimento mundial em que a juventude tem se alinhado mais ao pensamento da direita, ao contrário do que sempre aconteceu historicamente. Segundo o vice-presidente, o cenário político tem mostrado que a realidade vem mudando e pode ter reflexos no Brasil.

“Você viu o que aconteceu com a eleição da França agora, do Macron? Já analisou já? Que a juventude está votando mais à direita do que na esquerda. Então está havendo uma mudança no mundo aí. Mudanças que ocorrem, com os fatores de influência de cada época que a gente vive”, declarou.


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