Maia abre terceira frente em busca de aprovação da reforma política

Maia abre terceira frente em busca de aprovação da reforma política

Comissão causou temor nas redes sociais de possível adiamento das eleições de 2018

AE

Comissão causou temor nas redes sociais de possível adiamento das eleições de 2018

publicidade

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, abriu uma terceira frente para aprovação da reforma política ainda este ano. Ele autorizou, nesta quinta-feira, a instalação de uma nova comissão para analisar uma proposta que acaba com a reeleição, estabelece mandato de cinco anos para cargos eletivos e propõe a simultaneidade dos pleitos. A proposta de emenda à Constituição (PEC) foi apresentada em 2003 e será relatada pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP), o mesmo relator da comissão em andamento na Casa, e será presidida pelo peemedebista Lúcio Vieira Lima (BA), também presidente do mesmo colegiado.

A ideia é utilizar o texto de autoria do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) e avançar na discussão de sistema eleitoral e financiamento de campanhas. Em nota, Cândido disse que a instalação da nova comissão foi sugerida por ele e por Vieira Lima e que a medida é “simbólica”. No substitutivo da PEC, o petista vai sugerir a descoincidência das eleições a partir de 2022, com anos separados para Executivo e Legislativo, fim da função de vice, mandato de 10 anos para representantes no Judiciário e sistema distrital misto nas eleições a partir de 2026.

Maia desmente adiamento do pleito de 2018

Originalmente, a PEC do deputado peemedebista propõe que deputados federais e estaduais, prefeitos, vereadores, governadores e presidente da República terão mandato de cinco anos, com exceção de senadores, que terão mandato de 10 anos. O projeto não faz menção a cancelamento de eleição para unificar os pleitos que hoje ocorrem em calendários diferentes. “Ninguém está tratando disso”, disse Maia. A notícia causou temor nas redes sociais de adiamento das eleições de 2018 para a presidência da República.

Na quarta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou a admissibilidade da PEC que, na prática, inviabiliza os partidos nanicos. A proposta estabelece cláusula de desempenho para as legendas que irão disputar as eleições de 2018 e põe fim às coligações proporcionais, mecanismo que permite que deputados sejam eleitos pelos votos da coligação. A proposta também tramitará em uma comissão especial.

Também nesta semana, a comissão presidida por Vieira Lima aprovou parecer de Cândido sobre dois projetos: um que dá rito especial a projetos de iniciativa popular no Legislativo e o outro que permite a sugestão de plebiscito ou referendo pelo Executivo ou por petição popular.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895