Maioria do STF vota por manter Arruda na prisão

Sete ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já votaram pela permanência do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), na prisão por tentar subornar uma testemunha do esquema de corrupção desarticulado pela Polícia Federal (PF) na Operação Caixa de Pandora.

Os ministros Ricardo Lewandowski, Carmen Lúcia, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso e Ellen Gracie acompanharam o voto do relator Marco Aurélio Mello. Apenas o ministro José Dias Toffoli votou contra.

A prisão preventiva do governador foi decretada há três semanas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), referendando decisão do ministro Fernando Gonçalves tomada a pedido da Procuradoria Geral da República.
“A prisão preventiva do governador era imprescindível para a continuidade das investigações”, disse a ministra Cármen Lúcia ao acompanhar o voto do ministro Marco Aurélio Mello.

“A decisão do ministro Fernando Gonçalves calca-se em fatos concretos e não em considerações abstratas”, acrescentou o ministro Ricardo Lewandowski.

Também acompanharam o relator os ministros Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso e Ellen Gracie.
Mas, para o ministro Dias Toffoli, a prisão do governador só poderia ter sido decretada com autorização de dois terços dos deputados distritais, tese rejeitada pela maioria dos ministros. “Voto pela impossibilidade de decretação da prisão preventiva”, disse.

Votos podem ser alterados

Até a promulgação dos resultado, realizada pelo presidente do STF, Gilmar Mendes, qualquer ministro pode alterar o seu voto e, assim, alterar o resultado do julgamento. Após Mendes avalizar a contagem, porém, a mudança torna-se inviável.