Manifestações em Porto Alegre seguem e contam com "assessoria política"

Em torno de 50 manifestantes seguiam reunidos no final da manhã desta sexta-feira junto ao quartel-general do Comando Militar do Sul (CMS), no Centro Histórico de Porto Alegre. A mobilização, que reúne pessoas contrárias à derrota do presidente Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais, no último dia 30, conta com faixas, cartazes, bandeiras do Brasil e participantes vestidos com camisetas verde-amarelas. Os bloqueios nas vias do entorno, como Sete de Setembro e Padre Tomé, também continuavam.

Os participantes estão organizados nas diversas barracas montadas, alguns desde o primeiro dia, e hinos patrióticos seguiam sendo executados. Conforme explicaram, há assistência médica e vigilância 24 horas. Hoje, uma das grandes mobilizações era a análise do relatório divulgado pelo Ministério da Defesa, que “embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022”, entre outros aspectos. 

A análise é feita pelo cientista político Leonardo Semería Maurente, que montou uma mesa, inspecionava e anotava nos papéis da documentação. “Após isto, será feita uma apresentação formal ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, disse ele, acompanhado de outros manifestantes. Em nota conjunta relacionada às manifestações, o Exército, Aeronáutica e Marinha disseram hoje reafirmar “seu compromisso irrestrito e inabalável com o Povo Brasileiro, com a democracia e com a harmonia política e social do Brasil, ratificado pelos valores e pelas tradições das Forças Armadas, sempre presentes e moderadoras nos mais importantes momentos de nossa história".