Manobra do PSOL impede votação do Código Florestal nesta quarta

Manobra do PSOL impede votação do Código Florestal nesta quarta

Senador Randolfe Rodrigues bloqueou votação do requerimento de urgência para o projeto

AE

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Uma ação do PSOL atropelou acordo firmado entre governistas, DEM e PSDB no Senado, cujos líderes haviam acertado votar o projeto de lei do Código Florestal nesta quarta-feira. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) impediu a votação do requerimento de urgência para a apreciação da matéria em plenário, ainda na terça. Ele alegou que, pelo regimento da Casa, a votação só pode ocorrer um dia depois da leitura do pedido de urgência.

Desta forma, o requerimento teria de ser lido na terça para viabilizar sua aprovação hoje. Como resultado, permanece o impasse em relação ao início da votação da matéria, que poderá ocorrer na quinta-feira ou somente na semana que vem. A senadora Marta Suplicy (PT-SP), que presidia a sessão, procurou uma alternativa para viabilizar a leitura, mas desistiu após perceber que os líderes não tinham argumento para contestar o senador do PSOL.

A dúvida, agora, é se o projeto poderá se votado na quinta, mesmo dia de aprovação do requerimento de urgência, como defendem os líderes partidários, ou se terá de ser adiado para a próxima semana, como entende Randolfe Rodrigues. Ele alega que, havendo a leitura do requerimento de urgência e votação do pedido no dia seguinte, o projeto do código só poderia entrar na pauta de votações em um outro dia.

O PSOL é o único partido que se opõe aos termos da proposta do Código Florestal. "Temos divergências total ao texto do código e vamos fazer todo tipo de resistência para impedir sua votação", avisou Randolfe. Um dos motivos do desagrado alegado por ele é a crença de que o código institui o desmatamento no seu Estado, o Amapá, ao reduzir a reserva legal de floresta de 80% para 55%.


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